Depois dos fogos, agora são as habilitações académicas da cúpula da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) a ‘queimar’ os responsáveis daquela estrutura. Todos vão ser alvo de uma averiguação para determinar se cumprem os requisitos obrigatórios para o desempenho das funções e se, de facto, obtiveram o ‘canudo’ de forma legítima ou com equivalências dadas pelos estabelecimentos de ensino superior em parte das disciplinas.
As suspeitas levantadas sobre a forma como o ex-comandante Rui Esteves obteve a licenciatura no Instituto Politécnico de Castelo Branco, e que acabaram com um pedido de demissão, levaram o Ministério da Administração Interna a ordenar uma investigação.
"O Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, determinou à ANPC, através da Direção Nacional de Auditoria e Fiscalização, a realização de um levantamento com vista à verificação dos graus de licenciatura de todos os elementos dirigentes, bem como elementos da estrutura operacional da ANPC", garantiu ontem o MAI. O despacho de Jorge Gomes foi formalizado na última segunda-feira e dá uma semana para a apresentação de conclusões. Também a Inspeção Geral da Educação (IGE) está a analisar a forma como dezenas de pessoas obtiveram a licenciatura em Proteção Civil.
Ontem, o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco confirmou que um inspetor já estava no local. Já a IGE, adiantou que "está a inspecionar transversalmente todos os casos".
PORMENOR
Leitão defende legalidade
O presidente da ANPC, Joaquim Leitão, garantiu ontem que possui "os comprovativos das habilitações legalmente exigidas de todos os elementos da estrutura operacional". A licenciatura é obrigatória para os titulares de cargos dirigentes no Estado.
Fonte: Correio da Manhã
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