A Unidade Local de Proteção Civil (ULPC) é determinante para salvaguardar parte da importante mancha florestal do concelho de Águeda (c/áudio).
Uma zona junto à serra do Caramulo, de grande valor económico, por exemplo, no que toca a plantações de eucalipto.
O dispositivo de quatro dezenas de voluntários e 10 viaturas tem sido muito eficaz para controlar rapidamente as ignições e os pequenos incêndios.
Na vigilância e trabalhos de limpeza, nomeadamente de acessos, atuam as brigadas de funcionários da União de Freguesias de Belazaima do Chão, Castanheira do Vouga e Agadão.
Um território que concentra quase 40% da mancha florestal aguendense. São 90 km2 que dão sustento a muitos pequenos proprietários e de que dependem, também, as grandes empresas do sector da pasta de papel.
Desde há cerca de 30 anos, com a excepção de 1992, que não há registo de grandes incêndios deflagrados nas povoações em causa.
O que se explica, em grande medida, pela vigilância permanente e a capacidade de resposta da ULPC, a única com estas caraterísticas existentes no País, herdeira das associações de proteção civil e humanitária de Belazaima do Chão e Castanheira do Vouga. Em Agadão, existe uma seção dos bombeiros de Águeda, que têm o comando das operações de todos os meios disponíveis.
2016 não está a ser diferente dos anos anteriores, com apenas dois fogos, de pequenas dimensões.
União trouxe operacionalidade maior
"Tínhamos as associações de proteção civil, depois essas estruturas passaram para a União de Freguesias, o que trouxe mais operacionalidade. São pessoas conhecedoras do terreno, o que é muito útil para atuar ao primeiro foco de incêndio", explicou o presidente da Junta, Vasco Oliveira, por inerência também responsável da ULCP.
A vigilância é permanente, mas reforçada de acordo com os alertas, por exemplo de temperaturas altas, difundidos pela Autoridade Nacional Proteção Civil (ANPC).
A ULPC atua sempre em estreita interligação e son comando dos Bombeiros de Águeda. "Louvamos o seu trabalho, têm sido excepcionais", elogiou o autarca.
Os encargos com os meios, fardamentos e seguros são suportado por empresas e proprietários florestais, com ajuda indispensável das autarquias e vários beneméritos.
Depois de um investimento na ordem dos 120 mil euros no parque de viaturas, está em vias de ficar operacional mais um auto-tanque (40 mil euros).
45 voluntários abandonam os seus trabalhos nos vários pontos das freguesias ao primeiro toque das sirenes. Normalmente, quando os bombeiros de Águeda chegam os homens e mulheres da proteção civil já têm os fogos dominados.
A maior precupação das gentes das aldeias de Belazaima, Castanheira e Agadão são os incêndios que chegam de localidades vizinhas, como aconteceu em 2005 (Mortágua) ou em 2013 (Caramulo).
"Andamos no terreno, as populações conhecem-se umas às outras. É mais difícil os estranhos entrarem aqui. Temos funcionários repartidos pela floresta, com kits de trabalho. Aproveitam para fazer vigilância. Mas também estamos sempre a arranjar caminhos, com máquinas, facilitando acessos em pontos estratégicos", adiantou Vasco Oliveira.
Fonte: http://www.noticiasdeaveiro.pt/
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