A rede de comunicações de emergência SIRESP voltou a falhar, pela terceira vez em poucos dias. Desta vez, o lapso ocorreu durante o combate ao incêndio de Gouveia, que só foi dado como dominado na passada quarta-feira.
Quem o afirma é o comandante dos Bombeiros Voluntários de Gouveia, que em declarações ao CM, assumiu que houve falhas na comunicação dentro das equipas de socorro. "A falha durou cerca de 15 minutos, num espaço de tempo intermitente, ou seja, não foi seguida. Houve momentos em que tentámos fazer a comunicação mas nem sempre funcionava e passado uns segundos já dava.
A situação repetiu-se algumas vezes", realçou Nelson Pinto, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Gouveia. Quanto às declarações recentes da adjunta nacional de Operações da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, em que esta rejeita qualquer outra falha para além da já conhecida durante o incêndio de Alijó, Nelson Pinto assume que tudo foi reportado a quem competia ter sido. "Não comento as declarações da senhora adjunta nacional. Talvez ela na altura não tivesse ainda as informações todas relevantes.
Do nosso lado garanto que a falha foi reportada às hierarquias", acrescenta. Apesar das interrupções nas comunicações, o comandante adianta que as operações no terreno não saíram prejudicadas. No entanto, acredita que se a falha tivesse ocorrido durante a fase inicial do combate, poderiam ter surgido graves consequências. "O combate decorreu normalmente porque toda a gente já tinha estratégias delineadas no terreno. Se fosse numa fase inicial na qual os comandantes de setor precisassem transmitir informação para os seus homens, a situação poderia ter tomado outros contornos", diz.
O incêndio de Gouveia, que deflagrou no passado domingo no conselho vizinho, Mangualde, só foi dado como dominado pela Proteção Civil na passada quarta-feira.
Correio da Manhã
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