O Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança em Portugal (SIRESP) voltou a falhar cerca de quinze a vinte minutos, na terça-feira, durante o incêndio em Gouveia.
As falhas foram denunciadas por Nélson Pina, comandante dos Bombeiros Voluntários de Gouveia, e ontem reafirmadas ao CM, mesmo depois de Patrícia Gaspar, adjunta nacional de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o ter desmentido.
"Não foi de forma contínua, mas falhou. Houve uma altura em que não dava para contactar as equipas e depois já dava. Por sorte já tinha sido definida a missão de todos os comandantes de setor e por isso a falha não comprometeu com gravidade o incêndio", avançou o comandante.
Mas se no fogo de Alijó Patrícia Gaspar assumiu, pouco tempo depois, as falhas do SIRESP, em Gouveia rejeitou que tal tivesse voltado a acontecer: "As operações têm corrido de forma normal em termos de comunicações". Mas Nélson Pina não desarma: "Talvez na altura ela não tivesse ainda as informações todas relevantes.
Do nosso lado, garanto que a falha foi reportada às hierarquias", diz. Recorde-se que o incêndio de Gouveia proveio de um dos três focos de fogo que no domingo, pelas 16h00, deflagraram em Mangualde, Viseu. Na segunda-feira o incêndio foi dado como "praticamente dominado" pela ANPC, mas vários reacendimentos provocaram muito pânico nas localidades de Gouveia, Fornos de Algodres e Celorico da Beira. Esta quinta-feira, em Vila Ruiva, Fornos de Algodres, os pastores lamentavam não ter nada para alimentar as ovelhas.
"É muito triste isto tudo ardido e o pior ainda está para vir", esclareceu o pastor Norberto.
Correio da Manhã
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