Drone a 50 metros de asa de avião perto do Aeroporto de Lisboa
Um avião da TAP Express, operado pela White Airways, com 74 passageiros, cruzou-se, este domingo à noite, com um drone a 900 metros de altitude, na aproximação ao Aeroporto de Lisboa.
Este é o sexto incidente do género, este mês, e o décimo desde o início do ano.
Segundo declarações de fontes aeronáuticas à agência Lusa, o piloto do avião, que fazia a ponte aérea Porto-Lisboa, reportou, pelas 20.20 horas, "um drone a 50 metros da asa direita, a 900 metros de altitude", quando sobrevoava a zona do Pragal, Almada.
Segundo a mesma fonte, o aparelho "media, no mínimo, um metro".
Contactada pela Lusa, a NAV Portugal (responsável pela gestão do tráfego aéreo) confirmou a ocorrência, acrescentando que irá notificar a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
O regulamento da ANAC proíbe o voo destes aparelhos a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e descolagem de um aeroporto.
O GPIAAF anunciou há mais de uma semana a realização de um estudo de segurança devido aos vários incidentes envolvendo a presença de drones nas trajetórias de aviões.
A 19 de junho, um Boeing da companhia holandesa KLM reportou que um drone "voou ao seu lado" a 1200 metros de altitude, à vertical do Farol do Bugio, no estuário do Rio Tejo.
A 16 de junho, um avião da Aero Vip, do Grupo Seven Air, foi obrigado a realizar uma manobra para evitar a colisão com um drone a 300 metros de altitude quando estava em aproximação para aterrar no Aeródromo de Cascais, com 14 pessoas a bordo.
A 14 de junho, um avião da TAP, com cerca de 130 passageiros, cruzou-se com um drone a 700 metros de altitude, quando se preparava para aterrar no Aeroporto de Lisboa.
No início do mês, a um de junho, um Boeing 737-800, com cerca de 160 passageiros, teve de realizar várias manobras para evitar a colisão com um drone a 450 metros, quando a aeronave se preparava para aterrar no Aeroporto do Porto.
JN
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