SIRESP Defende Reforço da Rede de Comunicações - VIDA DE BOMBEIRO

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quarta-feira, 28 de junho de 2017

SIRESP Defende Reforço da Rede de Comunicações


O SIRESP recomenda que sejam adquiridas mais estações móveis e que estas passem a estar sob gestão da entidade operadora, tendo em conta que o modelo em vigor "não permite uma resposta rápida perante situações extremas". 

No relatório de desempenho do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) no incêndio de Pedrógão Grande, publicado hoje no portal do Governo, a entidade operadora defende que é necessário reforçar esta rede de comunicações, sugerindo várias recomendações. Entre as recomendações, o SIRESP defende que as estações móveis passem a estar sob gestão da entidade operadora, uma vez que ficou "provado que o modelo atualmente em vigor não permite uma resposta rápida perante situações extremas". 

O SIRESP sugere também uma maior utilização das duas estações móveis "nestas situações críticas e uma melhor gestão da sua localização", recomendando, em concreto, a pré-deslocação de uma estação para o norte do país e de outra para o sul, antes do período de incêndios. É também proposto a aquisição de mais estações móveis para "assegurar a resolução de situações de contingência". No que toca à saturação da rede, o SIRESP refere que é necessário "evitar que o crescimento do número de utilizadores se traduza em degradação da qualidade de serviço", devendo-se, por isso, melhorar os procedimentos de comunicação.

Nesse sentido, é proposto que, em situações de emergência, com grande concentração de utilizadores, é indispensável reduzir o número de grupos de conversação em operação e evitar a realização de chamadas privadas. 

O SIRESP sugere também que se deve assegurar a disciplina nas comunicações, destacando-se a utilização de chamadas curtas e objetivas e a utilização da rede apenas em caso justificado, além de se avaliar a ampliação da capacidade de algumas estações base consideradas críticas. O relatório recomenda igualmente que deve ser assegurada a utilização de geradores nas estações mais críticas e a constituição de uma reserva de geradores para serem mobilizados em situações de contingência. O SIRESP sugere ainda que deve ser avaliado a relação custo benefício de instalar "transmissão redundante -- tipicamente, através de feixes hertzianos -- em algumas estações base consideradas estratégicas". 

A rede SIRESP está dimensionada para suportar até 53.500 utilizadores e é constituída por sete comutadores, 550 estações base, 52 salas de despacho e duas estações móveis. As recomendações fazem parte do relatório pedido pelo primeiro-ministro sobre as falhas ocorridas na rede SIRESP durante o incêndio que deflagrou no dia 17 de junho em Pedrógão Grande. No relatório, a entidade operadora do SIRESP concluiu que "não houve interrupções no funcionamento da rede" do sistema de comunicações durante o incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, mas admitiu que se registaram "situações de saturação". 

No entanto, a 'fita do tempo' das comunicações registadas pela Autoridade Nacional da Proteção Civil revela falhas "quase por completo" nas primeiras horas do incêndio em Pedrógão Grande, "impedindo a ajuda às populações". Os incêndios que deflagraram na região centro, desde o dia 17, provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos e só foram dados como extintos no sábado.

Correio da Manhã

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