Pelo menos 61 pessoas morreram e cerca de 62 ficaram feridas num incêndio que deflagrou na tarde deste sábado em Pedrógão Grande, Leiria.
Entre as vítimas estarão quatro menores. Rodrigo, de quatro anos, seguia com um tio num carro. Na aldeia de Mó Pequena, Bianca, de 4 anos, terá morrido quando fugia com a avó. Outras duas crianças, com idades abaixo de 8 anos seguiam noutra viatura apanhada pelo fogo. A maior parte das vítimas foi apanhada pelas chamas quando seguia de carro e se viu encurralada pelo fogo, mas há várias aldeias com casas destruídas.
Os mortos confirmados até ao momento serão todos civis. Muitas pessoas estão ainda dadas como desaparecidas, pelo que o balanço de vítimas poderá aumentar Durante a madrugada, foi noticiado o desaparecimento de dois bombeiros, mas terão sido localizados, com ferimentos. Entre os cinco feridos mais graves estão quatro bombeiros e uma criança. Este domingo, o fogo ainda arde com muita intensidade. A PJ garante que o fogo teve origem num raio que atingiu uma árvore.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, manifestou pesar pelas vítimas dos incêndios em Portugal, dizendo-se "chocado" com a tragédia e disponibilizou o apoio daquela entidade, "no que for possível". Numa declaração emitida a partir da sede da ONU sobre o sinistro, António Guterres disse estar "chocado e horrorizado" com o número de vidas perdidas em três concelhos do distrito de Leiria.
Guterres disse que telefonou de manhã ao Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, assim como ao primeiro-ministro, António Costa, para exprimir "profunda tristeza e condolências ao povo português", e fazendo votos da rápida recuperação dos feridos. "As minhas orações e pensamentos estão agora com as famílias das vítimas", acrescentou o secretário-geral da ONU. António Guterres disponibilizou o apoio daquela organização "para assistir Portugal no que for preciso", e elogiou "o trabalho incansável" do Governo, dos bombeiros, dos profissionais de emergência e das organizações da sociedade civil "que estão a fazer de tudo para conter o incêndio e ajudar as pessoas que precisam".
Fonte: Correio da Manhã
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