O INEM está em completa falência técnica. A tragédia que se abateu nos últimos dias sobre a região Centro e que levou à deslocação de meios para aquela zona do País levou à completa rutura do sistema.
Quarta-feira, às 21h00, havia uma quase inoperacionalidade dos meios de ambulância de emergência médica na margem sul do Tejo, apurou o CM. Qualquer pedido de ajuda tinha como resposta a falta de ambulâncias disponíveis. Também o tempo de resposta aumentou consideravelmente. As imagens retiradas dos computadores do INEM (ver fotos) mostram isso mesmo. A rutura dos serviços é iminente. "Agora passaram a ter outro problema. Não há pessoal para tudo e no ministério não querem ouvir falar de meios inoperacionais.
O INEM está em falência de respostas e numa ocorrência na zona de Lisboa, por exemplo, demoramos uma hora para encontrar um meio disponível", contou ao CM um técnico do INEM. Outro problema, dizem médicos e enfermeiros ao CM, é a falta de apoios psicológicos. "A nossa preparação é para salvar vidas, não para procurar mortos. Não é o nosso trabalho e viu-se em França que a recolha de cadáveres teve consequências desastrosas em termos de stress pós-traumático. Aqui tivemos quase tantas mortes como num atentado. Deviam ter sido as polícias a fazer o trabalho inicial e não nós", diz um médico.
O CM contactou ontem o INEM, que disse que "nos dias apontados nenhum meio do INEM da zona de Lisboa estava no dispositivo de combate a fogos de Pedrógão".
Ministério Público anda no terreno
A procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, afirmou ontem que o Ministério Público está, desde o início, no local para investigar as causas do incêndio.
Arderam 64 casas em Castanheira de Pera
O incêndio em Castanheira de Pera destruiu "cerca de 75 por cento da área florestal" do concelho, onde arderam, pelo menos, 64 casas, disse o presidente da câmara.
Correio da Manhã
Sem comentários:
Enviar um comentário