Assistimos nos últimos dias, principalmente nas redes sociais, a um conjunto de posts individuais e comunicados, afirmando a indignação dos Bombeiros, em resultado das afirmações desadequadas do atual Secretario de Estado da Administração Interna e pelo valor ridículo que é o pagamento dos ECIN, indignação essa legitima, mas na minha opinião pessoal motivada pelo motivo errado.
Este Secretario de Estado errou nas afirmações que fez, e claramente deve corrigir a situação, mas é este o verdadeiro responsável pela indignação que pelos vistos cresce a cada dia, ou mais uma vez estão os bombeiros a ser usados para mais uma trampolim politico de alguém?
Pensem nisto:
O secretario de estado representa quem paga, a LBP pelos vistos quem presta o serviço e recebe…então se eu estivesse no lugar dele quanto menos pagar melhor… então qual o papel da LBP.. na minha opinião nenhum…uma vez que a LBP não é quem presta o serviço mas sim os Bombeiros, que por sua vez tem um comando e que por sua vez o CB é detido por uma AHB ou Câmara municipal, ou seja, quando se aceita prestar um serviço sem saber como é pago dá nisto… então o valor é ridículo, é verdade que o é, mas só agora é que é ridículo, e os anos anteriores.. então porque o ppl o aceita?
Porque razão não o recusam e continuam a assegurar as suas escala de serviço e a garantir o socorro na sua área de intervenção? Poderão haver milhentas explicações, mas uma é o pilar do problema, ou seja: porque quem decide aceitou e porque alguns tostões sempre contam no final do mês, o que faz a diferença nas finanças familiares de cada um perante as dificuldades existentes.
O que ninguém diz é que os ditos detentores dos CB´s sejam AHB e de alguma câmaras municipais, vem nesta dita compensação financeira uma forma de ter trabalho qualificado a baixo custo, e basta ver as intervenções dos ditos representantes dos Bombeiros em que continuam a afirmar algo que não existe em lado nenhum que é o “voluntário assalariado” uma aberração criada simplesmente para alimentar um sistema que pode-se dizer que é um novo modelo de “escravatura“, e que não terá solução uma vez que interessa a todos, ou seja a quem decide o Governo, quem aceita “AHB” e comandantes, e também ao desgraçado que recebe este ridículo “salário” para fazer algo que devia ser pago a peso de Ouro, mas que as custas de ganhar mais uns trocos lá vai na ilusão do valor acumulado ao fim de dias e dias dados a uma causa que não é nada mais do que defender o que é dos outros.
Mas não tenhamos ilusões, se o Bombeiro continuar a precisar destes trocos para sobreviver, e enquanto estes sistema for favorável a quem decide seja do Governo seja das AHB ou Câmaras Municipais o sistema não mudará, por isso por muita contestação que exista nas redes sociais vai-se continuar a alimentar esta “escravatura” legalizada, se assim não fosse, não estaríamos a assistir a alguns daqueles que muitas vezes de auto intitulam de “bombeiros sem farda” a usar esta prerrogativa para em vez de profissionalizarem garantirem serviços que não tem nada a haver com as missões dos Corpos de Bombeiros e que ainda no fim obrigam o tal “coitadinho” a passar o recibo verde sobre o que ganhou, ou ainda quando estão de ECIN, sobre o tal valor ridículo ainda lhes descontam o valor da refeição ou mesmo cobram metade do valor para lavarem a farda destes que somente estiveram ao serviço da população, mas que aparecem por aqui, e ali, ou nas tribunas dos ditos desfiles de reconhecimento dos bombeiros, com discurso eloquente em que mais uma vez iludem muitos tolos, mas que felizmente já são cada vez menos.
O que fazer para mudar? … abrir os olhos e olhar em redor.
Um abraço
Nelson Teixeira Batista
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