Criada uma nova unidade operacional para coordenar missões de apoio à Proteção Civil e à população
O Exército está pronto para empenhar, a qualquer momento, 1320 militares no combate aos fogos florestais e, sobretudo, nas operações de rescaldo. Segundo fonte do Estado-Maior do Exército, a ação de formação está concluída e foi já ativada uma estrutura de comando exclusivamente vocacionada para ações de apoio à proteção civil e à população.
A instrução terminou no final da semana passada, em Abrantes, sendo a primeira vez que militares deste ramo das Forças Armadas beneficiam de uma formação específica para o combate aos fogos florestais. Acresce que o dispositivo integra também 60 homens da Marinha, que receberam a mesma formação. Será o maior contingente militar alguma vez empenhado no combate ao fogo.
A formação foi ministrada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e coincide com uma outra alteração: pela primeira vez, o combate aos fogos contará com uma força militar estruturada desde o início para este tipo de missão, que se vai centrar nas ações de rescaldo, libertando os bombeiros para as ações mais especializadas e complexas.
Até agora, o Exército ia empenhando recursos humanos consoante as necessidades expressas pela ANPC. O envolvimento dos militares continuará a ser à ordem da ANPC, mas a estrutura funcionará em permanência.
Para tanto, o Exército ativou, no final do ano passado, uma unidade militar, o Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME), em Abrantes, exclusivamente vocacionada para a coordenação e apoio à população. De acordo com fontes militares, o RAME teve o seu primeiro grande teste durante a recente visita do Papa Francisco, coordenando os meios do Exército no apoio à operação geral de segurança.
O período crítico dos fogos florestais dura até ao final de setembro, mas o dispositivo mantém-se até ao final do ano, o que vai exigir da nova unidade uma disponibilidade quase permanente, tanto mais que os 1320 militares formados para o combate aos fogos estão dispersos por várias unidades do país e serão empenhados consoante as necessidades expressas pela Proteção Civil. Como apontam fontes militares, estes homens dificilmente poderão ser empenhados pelo Exército noutras missões. A este novo serviço, acrescem os elementos de Engenharia e de apoio sanitário, que já há muito participam.
Fonte: JN
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