Ministério Público acusa ex-bombeiro de 17 crimes de incêndio - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 9 de março de 2017

Ministério Público acusa ex-bombeiro de 17 crimes de incêndio


O Ministério Público de Castelo Branco acusou, no dia 1 deste mês de março, um ex-bombeiro de Proença-a-Nova, com 46 anos, de ter cometido 17 crimes de incêndio florestal no último verão.

O maior dos fogos, ateado a 7 de setembro, queimou 950 mil metros quadrados (o equivalente a quase cem campos de futebol) e causou prejuízos calculados em mais de 2,6 milhões de euros.

O arguido prestara serviço nos Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova durante 14 anos, tendo deixando a corporação apenas em dezembro de 2015. Na acusação, não lhe é apontada nenhuma ocupação profissional nem a motivação dos crimes.

O primeiro incêndio investigado e atribuído ao suspeito pela Polícia Judiciária do Centro ocorreu a 17 de julho, junto ao caminho municipal da Amoreira, no concelho de Proença-a-Nova. O incendiário deslocou-se de automóvel e, como sempre, ateou o fogo com um dispositivo constituído por pau de incenso rodeado de fósforos colados com fita-cola. Ardeu uma área de 1800 metros quadrados, com mato, pinheiros, azinheiras, um castanheiro e uma figueira.

O suspeitou atuou em Proença e na Sertã, quase sempre à tarde. Só a 25 de julho, na Sertã, pôs cinco fogos. A julgar pelo despacho de acusação, atravessou uma certa acalmia nas primeiras três semanas de agosto, mas, no final deste mês, entrou numa vertigem que só terminaria a 12 de setembro, ateando incêndios com grande frequência, que mobilizaram muitos meios de combate.

O fogo mais grave começou na rua do Vale do Frade, Proença-a-Nova. O homem já ali fora a 21 de agosto, mas sem o efeito conseguido em 7 de setembro. Neste dia, o fogo progrediu de forma incontrolável e queimou milhares pinheiros, eucaliptos, sobreiros, azinheiras, oliveiras, árvores de fruto e hortas, além de alfaias, vedações de gado e dois tratores.

O suspeito está em prisão domiciliária, sendo que a procuradora titular do inquérito, do Ministério Público de Castelo Branco, propôs que a medida de coação se mantenha em vigor, pelo perigo de continuação da atividade criminosa por parte do arguido.

Fonte: JN

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