BE quer impedir encerramento da Ambulância de Emergência Médica (AEM) nos concelhos de Espinho e de Ovar
Em 2017 o INEM propõe-se a abrir 20 novas ambulâncias de emergência médica (AEM) e 8 suporte imediato de vida (SIV). É, no entanto, público que o INEM tem falta de vários profissionais de saúde, em particular Técnicos de Emergência Pré-hospitalar (TEPH), técnicos que são o grosso dos recursos humanos da instituição e que tripulam as AEM a 100% e as SIV a 50%.
Segundo a informação que chegou ao Bloco de Esquerda, e dado que o INEM está legalmente em incumprimento por não possuir AEM em todos os hospitais médico-cirúrgicos ou polivalente e SIV em todos os serviços de urgência básica (SUB), pondera colmatar essa falha com a deslocalização de algumas ambulâncias.
O norte do distrito de Aveiro deverá sofrer profundas alterações dado que estará a ser ponderado pelo INEM fechar as AEM de Espinho e de Ovar para dar lugar à AEM do Hospital de S. Sebastião em Santa Maria da Feira e da SIV do Serviço de Urgência Básica de Oliveira de Azeméis.
É preciso que o Ministério esclareça rapidamente esta informação. Da parte do Bloco de Esquerda a posição é clara: é necessário que sejam colocadas as ambulâncias em falta nos serviços de urgência de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e São João da Madeira, mas essa colocação não pode ser à custa de outros concelhos e de outras populações que necessitam, de igual forma, de meios de emergência pré-hospitalar.
Assim, deixamos claro que não concordamos com qualquer intenção de encerramento das AEM de Ovar e de Espinho, e consideramos ser da maior importância que o Ministério, junto do INEM, garanta a abertura de novas viaturas e a contratação de mais profissionais, de forma a abrir as viaturas dos hospitais de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e São João da Madeira sem encerramento de nenhum meio atualmente existente no terreno.
Lembramos que desde que a AEM de Estarreja foi encerrada, a AEM de Ovar tem tido crescentes solicitações para este concelho, assim como para o concelho da Murtosa, algo que não acontecia quando a AEM de Estarreja estava em funcionamento. Este facto mostra que a AEM era necessária e que o seu encerramento prejudicou o socorro pré-hospitalar à população.
Não queremos que o mesmo aconteça, agora em Ovar e Espinho, concelhos que perderam, nos últimos anos, muitos dos seus cuidados de saúde, nomeadamente serviços de urgências. Estas populações não podem ser prejudicadas novamente no seu acesso à saúde. Aliás, a única coisa a fazer nestas situações é apostar no reforço dos cuidados de saúde nestes concelhos, não é condená-los a perder ainda mais recursos.
O Deputado Moisés Ferreira já solicitou esclarecimentos ao governo.
Fonte: http://aveirodistrito.bloco.org/

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