O homem de 76 anos que na quinta-feira à noite atacou a companheira, de 55, à machadada, e depois a fechou em casa pegando fogo ao imóvel, na Baixa da Banheira, Moita, morreu horas depois dos crimes. António Joaquim de Sousa terá morrido vítima de um problema de saúde pulmonar grave, que lhe provocou falta de ar.
O reformado, que residia com a vítima há cerca de dois anos no rés do chão de um prédio na rua das Beiras, entrou no carro de que é proprietário logo após as agressões. Estaria nervoso e acabou por não conseguir percorrer uma grande distância. Estacionou a viatura, um Opel Astra, perto de um estabelecimento de ensino da zona. Cerca da 01h00 de ontem, populares viram-no em agonia dentro do automóvel. Dava sinais de falta de ar. Ao que o Correio da Manhã apurou, António Joaquim de Sousa usava uma bomba de ar com frequência, devido à doença pulmonar. Foi transportado pelo INEM ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, mas viria a morrer no caminho.
Para trás, deixou um cenário de destruição. Trancada num apartamento a arder e com ferimentos na cara após o ataque à machadada de que foi alvo, a vítima foi salva por vizinhos que arrombaram a porta. Foi transportada pelos bombeiros da Moita ao Hospital do Barreiro, onde se mantinha, à hora de fecho desta edição, estabilizada.
O apartamento onde o casal residia ficou completamente destruído pelo incêndio causado por António Joaquim de Sousa, que usou diluente para acelerar as chamas. Os outros apartamentos do prédio sofreram danos em sequência do fogo e do reacendimento ocorrido horas depois. No incêndio ficaram ainda feridas outras sete pessoas, incluindo um polícia. Não há desalojados, mas diversos moradores procuravam ontem apurar os estragos causados pelo fogo criminoso ateado por António de Sousa.
Fonte: Correio da Manhã
Por: Miguel Curado e Sofia Garcia
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