Nos Bombeiros do Dafundo, Oeiras, há dois anos, Emanuel Coio, de 26, era "um rapaz bom, humilde e muito educado", repete ao CM o comandante da corporação, Carlos Jaime.
Morreu domingo à tarde, quando regressava de casa da namorada, na estação de comboios de Santa Iria da Azoia, em Loures. Tinha-se sentado na plataforma, com as pernas caídas para a linha, e o facto de estar - "como de costume" - a ouvir música alta nos auriculares tê-lo-á impedido de se aperceber do comboio.
O maquinista ainda apitou, mas o jovem bombeiro não se mexeu e foi colhido nas pernas, tendo sido projetado e sofrido uma pancada fatal na cabeça. "Ele praticamente vivia aqui na nossa camarata. Era de Angola, onde estão os pais [devem chegar amanhã para tratar do funeral] e irmãos, e estava a estudar gestão. Todos os meses enviava 200 euros do ordenado para a mãe", diz Carlos Jaime. Para o comandante dos Bombeiros do Dafundo, onde Emanuel Coio iria ser promovido a bombeiro de 3ª no 105º aniversário da corporação, em março, as circunstâncias da morte "são uma grande incógnita".
"Ele tinha muito respeito, medo até, de comboios. A nossa área tem parte da Linha de Cascais e fazemos vários trucidados. Ainda há poucos dias ele tinha acorrido a uma morte dessas e todos vimos como ficou impressionado", afirma. A consternação reina na sua corporação, mas também nas vizinhas. Assim que seja libertado pelo Instituto Nacional de Medicina Legal, o corpo do jovem Emanuel Coio será velado no quartel do Dafundo.
Fonte: CM
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