Mágoa na hora da saída? "Não, mas não tenho grande explicação", diz o presidente da Protecção Civil - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Mágoa na hora da saída? "Não, mas não tenho grande explicação", diz o presidente da Protecção Civil


José Manuel Moura foi substituído por Rui Esteves na presidência da a Autoridade Nacional de Protecção Civil.

A Autoridade Nacional de Protecção Civil tem, a partir desta terça-feira, um novo presidente. Rui Esteves substitui José Manuel Moura, que, embora negue sentimentos de mágoa, assume não entender totalmente as razões da sua própria substituição.

"Não tenho grande explicação" para a substituição, diz o presidente cessante, em entrevista à Renascença.

Sabe porque razão foi substituído?

A explicação que o actual presidente da autoridade me deu foi a de que quer uma nova filosofia para o comando nacional e, portanto, entenderam fazer a mudança. Eu estava em regime de substituição desde o fim da comissão de serviço e, portanto, a qualquer altura se poderia operar essa substituição. O senhor presidente entendeu fazê-lo agora e, relativamente a este desfecho, nada tenho a acrescentar.

Sai com mágoa?

Não, com mágoa não. Mas não tenho grande explicação. Quem está no desempenho das suas funções tem legitimidade para fazer as alterações que entender e, portanto, temos que respeitar. Não é, por isso, uma questão de mágoa, é uma questão de ter de respeitar as opções que o senhor presidente e as tutelas entendem fazer para estes lugares.

Não tem dúvidas da legitimidade para fazer a substituição, mas compreende por que é que ela aconteceu?

Compreendo dentro desse quadro. O novo presidente entendeu constituir uma equipa à sua imagem e, portanto, nós temos que respeitar.

Acredita que o desempenho dos últimos anos, tantas vezes criticado, pode ter sido o motivo?

O nosso desempenho nunca foi motivo. Aliás, por parte da tutela, até foi reconhecido publicamente o excelente trabalho desenvolvido pelo comandante José Manuel Moura. Por isso, não me parece que seja essa a explicação. Acho que é um fim de ciclo. Foram quatro anos como comandante. Normalmente, as instituições são comandadas durante dois ou três anos, eu estive quatro anos e um mês. Aliás, a reacção, mesmo dentro do sector, é que nestes quatro anos fiz muito. Sinto que não está relacionado.

Nos últimos anos, Portugal foi particularmente afectado pelos incêndios. Acha que isso pode também estar na base da decisão de mudança?

O facto de termos sido fustigados não tem impedido a nossa capacidade de resposta a cada momento.

Acha que houve capacidade de resposta adequada?

Sim, acho que esta mudança não tem nada a ver com isso. Se fizer as mesmas perguntas à tutela, naturalmente que perceberá melhor. Eles é que têm condições para responder a essa circunstância.

Fonte: Renascença

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