A Liga dos Bombeiros Portugueses reuniu em Conselho Nacional, pela última vez este ano, no passado dia 17, em Barcelinhos, reunião magna que permitiu a aprovação do Plano de Atividades e Orçamento da confederação para 2017 e abriu espaço à discussão e ao balanço sobre as questões que marcaram o setor no ano que agora finda.
Nesta reunião magna, marcada pelo consenso, mereceu unanimidade uma recomendação proposta pelo ccnba.JPGonselho executivo da LBP dirigida ao Governo para que a nomeação dos comandos distritais da Autoridade Nacional de Proteção Civil assente numa série de requisitos, entre os quais a proveniência das fileiras do principal agente da proteção civil e na experiência nessa área que garante o bom desempenho de funções.
Esta recomendação, segundo a confederação, que traduz “BARQ32.JPGa vontade das estruturas nacionais dos Bombeiros de Portugal”, permitirá assegurar a qualidade e a interação indispensável entre os comandos distritais e os agentes de proteção civil que assegura a operacionalidade. Nos considerandos que fundamentam o documento a LBP sublinha que “a maior parte das ações de proteção civil, numa percentagem de 98%, são comandadas e resolvidas nos teatros de operações pelos Bombeiros de Portugal”, para depois defender que “os elementos dos comandos distritais tenham conhecimento profundo do terreno, das suas características morfológicas, das dinâmicas do fogo e do socorro em geral” e que, da mesma forma, “associem o conhecimento teórico, à experiência prática e ao conhecimento profundo da orgânica e do modus operandi dos principais agentes de proteção civil”.
O Conselho Nacional de Barcelinhos permitiu ainda analisar e debater outras questões das quais se destacam a precariedade do relacionamento institucional com Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) acentuado por demoras e descoordenação na resposta aos corpos de bombeiros, com prejuízos óbvios para a prontidão do socorro.
Sem novidade os representantes do setor de todos os distritos do Pais voltaram a alertar para os sucessivos atrasos nos pagamentos dos hospitais, uma questão que, entretanto, parece começar agora a ser a solucionada com a transferência de uma verba de 5 milhões de euros para as associações de bombeiros, segundo anunciou a tutela há escassos dias.
Este encontro ficou ainda marcado pelos apelos do presidente da LBP, Jaime Marta Soares à união e à coesão que permitam aos bombeiros de Portugal falar a uma só voz e, desta forma, verem atendidas as suas reivindicações.
Registe-se que no próximo dia 27 de janeiro, o Casino da Figueira da Foz recebe o congresso extraordinário da LBP que visa debater e votar várias alterações estatutárias, entre as quais a redução do número de órgãos sociais e de membros da confederação, a limitação de mandatos do conselho executivo e ainda a organização e funcionamento do Conselho Nacional Operacional e do Conselho de Federações. Neste encontro nacional de bombeiros será também analisada a proposta de revisão dos regulamentos do Fundo de Proteção Social do Bombeiros e das distinções honoríficas.
Sofia Ribeiro LBP
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