Em menos de um mês dois incêndios desalojaram mais de duas dezenas de pessoas no centro histórico de Guimarães.
Património da Humanidade, o casario típico da Cidade Berço revela um potencial de risco elevado. No sábado, apenas três das 13 pessoas desalojadas após um incêndio que afetou dois prédios com cinco alojamentos, na rua D. João, puderam voltar a casa. Em dia de balanço, os moradores tentavam limpar a devastação causada pelas chamas. A Proteção Civil da cidade elogiava a prontidão dos agentes de segurança. "Podia ter acontecido aqui uma catástrofe, não tivesse sido a prontidão e o grau de profissionalismo elevado do corpo de bombeiros e da Proteção Civil no combate, na assistência e no realojamento das famílias afetadas", afirmou ao CM Amadeu Portilha, vereador responsável pela Proteção Civil no concelho de Guimarães.
O autarca reconhece o elevado risco de incêndio no casario do centro histórico, mas diz serem os perigos "inerentes às zonas classificadas". Miguel Silva, dono de uma das moradias afetadas pelo fogo, era o rosto do desânimo. "É devastador olhar para este espaço que recuperámos com tanto gosto e vê-lo, agora, completamente destruído", referia o vendedor, que ficou desalojado, juntamente com a mulher e os dois filhos, de 5 e 7 anos. O fogo terá tido origem numa salamandra, num dos edifícios e alastrou-se ao prédio contíguo. "A construção em madeira acaba por facilitar a propagação", reconheceu Miguel Silva, que, em dia de limpezas, tentava fazer contas aos estragos. "Pouco dá para recuperar. Perdemos quase tudo", atirou.
Fonte: CM
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