Três grandes fogos florestais foram os responsáveis pelo aumento da área ardida em 10 vezes, no Algarve, este ano, em comparação com 2015.
A conclusão é da Proteção Civil, que ontem fez um balanço dos incêndios na região, ocorridos até 31 de outubro. "Arderam 5801 hectares quando em 2015 tinham sido 474", referiu o comandante do agrupamento distrital de Faro, sublinhando que 98% da área ardida resultou dos incêndios da Perna Seca, em Silves (1782 hectares), da Foia, em Monchique, que se alastrou a Portimão (3745 hectares), e de Almarjão, em Silves (150 hectares).
"Face à severidade meteorológica que se registou e atendendo ao histórico das áreas afetadas, podemos dizer que foi um ano bom e que o resultado é muito positivo", considerou o comandante Vítor Vaz Pinto, durante a apresentação do balanço do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais 2016, esta segunda-feira apresentado em Faro. E se a área ardida aumentou, o número de fogos diminuiu. Segundo a Proteção Civil, no Algarve, foram registadas 463 ocorrências, entre 1 de janeiro e 31 de outubro deste ano, o que corresponde a uma diminuição de 19,2% face ao mesmo período de 2015.
Das ocorrências deste ano, 192 foram falsos alarmes e 271 incêndios, sendo que apenas dez não foram dominados no ataque inicial, nos primeiros 90 minutos de chamas. A GNR, que investigou todos os incêndios, concluiu que houve um aumento dos com causas intencionais (fogos postos) - de 8% no ano passado para 13% este ano - e uma diminuição dos incêndios provocados por negligência - 34% em 2015 para 29% em 2016.
Fonte: CM
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