Cerca de 170 mulheres bombeiras vão encontrar-se em S. Brás de Alportel este sábado. São profissionais que fazem tudo: tripulam ambulâncias, vão para incêndios, assistem doentes.
O rádio e o telefone não param na central. Noémia Alves 65 anos, bombeira há mais de 40, está hoje de serviço. Começou nestas andanças porque o marido, também bombeiro, a inscreveu no corpo feminino que a corporação de S. Brás de Alportel queria formar. Na altura, não gostou nada da ideia, porque “não conseguia ver sangue”.
Até que fez um curso de socorrismo. Aí, o bichinho entrou.”Adorei aquilo”, diz.
Desde essa altura, Noémia faz de tudo. Anda nas ambulâncias, vai para incêndios, faz o trabalho como qualquer homem. “Ainda hoje faço coisas que certos homens não fazem e quem está aqui não pode ter medo”.
Ana Gouveia, 30 anos, bombeira há 10, já se deparou com situações criticas. Como a dos incêndios na serra do caldeirão em 2012.
Para Antonieta Faísca, outra bombeira da corporação, não interessa se a farda é vestida por um homem ou uma mulher.” O que interessa é o querer ajudar”, diz.
Até porque homens e mulheres têm a mesma formação que abrange diferentes áreas, desde eletricidade, materiais perigosos, até formação em incêndios rurais e urbanos.
Ser bombeira, para Antonieta é uma realização pessoal. “É um sonho desde pequenina”.
O comandante Vítor Martins considera que as mulheres são uma mais-valia para qualquer corporação. “Infelizmente há mentalidades que não pensam desta forma e há corpos de bombeiros que não têm elementos femininos”. Não é o caso de S. Brás de Alportel, onde 30% da corporação são mulheres.
Fonte: TSF
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