A Proteção Civil está preocupada com a sucessão de casos em que os helicópteros são impedidos de recolher água em tanques e reservatórios.
A Autoridade Nacional de Proteção Civil levanta, esta segunda-feira, a voz para denunciar uma situação grave. Há proprietários de terrenos onde existem tanques e reservas de águas chegam a disparar tiros de caçadeira para impedir o abastecimento dos helicópteros que combatem as chamas.
A denúncia é feita na TSF pelo Adjunto Nacional de Operações da Proteção Civil, Miguel Cruz.
"Infelizmente essas situações ocorrem por vezes, sobretudo em pontos de água onde os respetivos proprietários acabam por colocar obstáculos para que os meios aéreos, nomeadamente, os helicópteros de ataque inicial, não possam abastecer e isso é feito de várias formas. Desde logo com a colocação de arames, tábuas ou outras estruturas que impeçam que os helicópteros de abastecer. Já tivemos várias situações em que isso aconteceu. Inclusivamente tivemos situações onde foram disparados tiros para as aeronaves".
O Adjunto Nacional de Operações da Proteção Civil deixa um alerta aos proprietários, lembrando-lhes que este tipo de comportamentos pode causar problemas graves.
"As pessoas têm de se consciencializar que a importância da água é fundamental para o combate aos incêndios florestais. Não vale a pena tentar proteger a água que abastece a sua cultura, para depois o incêndio acabar por destruir essa cultura. Sempre que são gasta águas desta natureza há sempre um esforço por parte dos bombeiros de repor a água que foi retirada. Este tipo de procedimento pode causar incidentes graves, porque um piloto pode não se aperceber e ao lançar o balde fica preso".
Miguel Cruz respondeu, ainda, às queixas dos proprietários que chamam a atenção para os prejuízos causados pelos helicópteros e argumentam que não podem ficar sem água para os animais.
"Os bombeiros são automaticamente chamados a fazer a reposição dos tanques e piscinas. A questão com as piscinas é marginal, só se não houver alternativa. Se houver prejuízos existem seguros para cobrir essas situações".
Fonte: TSF
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