A Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) do Porto decidiu hoje desativar o Plano Distrital de Emergência (PDE), disse o presidente daquela entidade, Marco Martins, garantindo que a capacidade de ação do distrito "foi recuperada".
O PDE do Porto foi acionado de forma inédita no distrito às 00:15 da última segunda-feira, tendo sido prolongado por duas ocasiões: primeiro até quinta-feira e mais tarde até às 20:00 de hoje.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da CDPC garantiu que "o distrito já recuperou por si próprio capacidade de combate" porque "já há viaturas operacionais nos quartéis", bem como "operacionais que descansaram".
"Portanto, nos reacendimentos ou nos novos incêndios já se consegue fazer triangulação [consiste em atribuir a cada ocorrência três meios]. A capacidade já foi recuperada desde o final da tarde de ontem [sábado]. Portanto, 24 horas depois de alcançarmos a capacidade em pleno, já não se considera necessário manter ativo o plano", referiu Marco Martins.
Outro dos motivos prende-se com a redução do número de ignições: "Até ao dia de hoje, até às 17:00, ocorreram 50, enquanto na segunda-feira, por exemplo, ocorreram 142", exemplificou o também presidente da câmara de Gondomar, um dos concelhos do distrito mais fustigado pelos fogos.
Apesar desta decisão, o presidente da CDPC revelou que, devido ao desgaste da última semana, ficaram inoperacionais 52 viaturas dos bombeiros só no distrito do Porto, não sendo para já possível saber qual o valor dos prejuízos.
"Ativar o plano foi a decisão mais certa e mais correta. Se assim não fosse, o distrito não teria reforços de meios como teve, quer de bombeiros, quer de pelotões militares", disse Marco Martins, sem deixar de agradecer a cooperação de todas as entidades envolvidas.
O PDE do Porto nunca tinha sido ativado, cabendo a decisão a uma comissão da qual fazem parte o Comandante Distrital de Operações de Socorro, bem como "entidades máximas" do distrito, forças policiais, representantes do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), da Associação Nacional de Municípios Portugueses, da Liga dos Bombeiros Portugueses e da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais.
Depois do Porto, também a CDPC de Viana do Castelo decidiu acionar o PDE para o Alto Minho, seguindo-se medida idêntica em Aveiro.
No Porto, ao abrigo do PDE, estiveram, entre outros meios, oito pelotões do exército, num total superior a 240 militares.
Este distrito regista, de acordo com a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil atualizada às 18:30, 19 fogos rurais que mobilizam 130 homens e 48 viaturas.
Fonte: CM
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