O comandante operacional nacional da Proteção Civil disse hoje que o combate ao incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês, ativo desde quinta-feira, está a ser um "trabalho muito difícil e de um cansaço enorme".
José Manuel Moura explicou à Lusa, na sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Carnaxide, que se trata de um incêndio numa escarpa com 900 metros de altura com vegetação rasteira onde os "acessos não existem".
Segundo o comandante operacional nacional, "o empenhamento dos meios aéreos" no combate ao fogo acaba, por isso, "por ser inglório".
"Não temos a componente humana para ajudar a fazer o rescaldo ou a consolidar o que os meios aéreos fazem", afirmou, acrescentando que o domínio do incêndio "está preso por 50 metros".
Para José Manuel Moura, o combate ao fogo tem sido "um trabalho hercúleo, muito difícil e de um cansaço enorme", embora o dispositivo, incluindo equipas no terreno, seja "mais que suficiente".
O responsável sustentou que a área ardida, cerca de 200 hectares, "não é muito significativa, para o tempo que tem" o incêndio.
O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, frisou à Lusa que é "a inacessibilidade e a incapacidade de se chegar ao local" que estão a prejudicar o combate ao fogo, "não é a falta de recursos financeiros, humanos e materiais".
O coordenador do grupo de trabalho de florestas da associação ambientalista Quercus, Domingos Patacho, alegou hoje à Lusa que o incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês, em área do concelho de Arcos de Valdevez, tem sido difícil de combater, porque "não foram tomadas medidas prévias" de gestão dos matos.
Para Domingos Patacho, não foram tomadas essas medidas, por falta de meios financeiros, que não permitem mais recursos humanos, nomeadamente de pessoal especializado para fazer a gestão da floresta antes do início dos incêndios, através de limpeza e de criação de zonas de contenção do fogo.
Fonte: Noticias ao Minuto
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