Bombeiro de Entre-os-Rios na Reserva Ajudou Colegas no Combate às Chamas - VIDA DE BOMBEIRO

______________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Bombeiro de Entre-os-Rios na Reserva Ajudou Colegas no Combate às Chamas


O bombeiro do quadro de reserva da corporação de Entre-os-Rios, Vítor da Silva, de 37 anos, trocou as férias em família para ajudar os colegas no combate às chamas.

Emigrando na Suíça, o soldado da paz, mais conhecido por 1010, não teve mãos a medir nas três semanas que esteve de férias em Portugal.

Ao Tâmegasousa.pt, Vítor da Silva, bombeiro há 25 anos, relatou que não conseguiu ficar indiferente ao drama dos colegas e às inúmeras solicitações de socorro.

A missão de servir e a vontade de ajudar a comunidade local, onde reside e tem as suas raízes, confessou, levaram-no a arregaçar as mangas.

“No decorrer das três semanas, foram inúmeras as situações em que, ao lado dos colegas, ajudei a debelar as chamas e a minimizar danos e estragos”, contou.

Vítor de Silva, condutor de pesados, confessou que mesmo já não fazendo parte do corpo ativo tem um respeito e uma admiração pelo trabalho dos soldados da paz e pela forma abnegada e altruísta como estão dispostos a defender vidas, os bens e a dar o melhor de si em prol dos outros.

“Não consigo ficar de mãos cruzadas quando ouço a sirene tocar. Está-me no sangue. É mais forte do que eu”, adiantou, defendendo que a missão de bombeiro não se esgota no combate aos incêndios ou à época dos fogos florestais, faz-se sentir no dia-a-dia nos mais diversos contextos.

“Quando se é, ou se foi bombeiro é-se para toda a vida”, disse.

E acrescentou: “Sempre que há vidas em perigo, bens e valores a proteger é necessário ajudar e intervir. Não podemos ficar indiferentes ao drama dos outros”.

Vítor da Silva, natural do Torrão, Marco de Canaveses, destacou que logo no primeiro dia de férias se deslocou ao quartel e prontificou-se a ajudar os colegas no transporte de doentes às clínicas, com deslocações para Castelo de Paiva, Marco de Canaveses tendo realizado, inclusive, várias urgências.

“As ignições eram tantas que não havia bombeiros para fazer o transporte dos doentes. Disponibilizei-me de imediato para o fazer”, disse, sublinhando que toda a ajuda, num contexto como o país viveu, é escassa.

Apesar de ter já 25 anos de bombeiro voluntário, Vítor da Silva recordou que dificilmente esquecerá os últimos dias, tal o número de ignições e a necessidade de ajudar as populações.

“Estava num casamento, onde fui um dos padrinhos, mas tive de sair cerca da meia-noite para ir fazer face a um incêndio. Pelas quatro da manhã a sirene voltou a tocar e lá fui para mais uma ignição, tendo regressado às 08:00 da manhã para um incêndio na Eja”, avançou.

Ainda não recomposto do desgaste físico e metal, Vítor da Silva confessou que, quatro horas depois, foi para um outro incêndio em Várzea do Douro e daí novamente para a Eja, cerca das 17:00, tendo permanecido aí até às 02:30 da madrugada.

“Às 05:00 da manhã fui para uma nova ignição, desta feita, em Canelas”, disse, acrescentando que já na véspera de regressar à Suíça se deslocou do Torrão, no Marco de Canaveses, para Várzea do Douro, para mais uma missão.

O presidente da corporação de Entre-os-Rios, António Fontes, elogiou o gesto e a atitude do bombeiro e recordou que estas ações além de dignificarem o próprio motivam os elementos da corporação.

“O Vítor foi incansável e um exemplo para todos os bombeiros. O melhor exemplo que pude testemunhar pessoalmente. Em nome da associação que represento quero expressar o meu obrigado pelo seu trabalho, dedicação, altruísmo, solidariedade”, referiu, lembrando que o bombeiro, embora emigrado, continua a manter uma relação umbilical com a comunidade e a associação.

“O 1010 por razões profissionais teve de deixar o país, mas nunca se esqueceu das suas raízes, dos bombeiros e a missão do que é ser um soldado da paz”, defendeu o dirigente.

Fonte: tamegasousa.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário