Sete bombeiros das corporações de Santarém e de Mora ficaram ontem intoxicados quando combatiam o maior incêndio que atingiu o País, em Couço, no concelho de Coruche.
As vítimas, apurou o CM, tiveram de receber tratamento hospitalar. Pelo segundo dia consecutivo, o Centro e o Norte foram as regiões mais fustigadas pelos fogos florestais. Registaram-se 215 ocorrências, que mobilizaram 3393 operacionais. Durante o dia, a Autoridade Nacional de Proteção Civil contabilizou 878 saídas de veículos e 62 de meios aéreos. O incêndio florestal que envolveu o maior número de bombeiros deflagrou em Couço.
As chamas foram detetadas às 14h38 e acabaram por ser combatidas por 186 operacionais, auxiliados por 54 meios terrestres e três meios aéreos. O fogo esteve próximo de povoações e assustou os habitantes, que assistiram impotentes à destruição das suas propriedades, pinhais e eucaliptais. "A linha de fogo esteve na direção das casas. Tivemos de ter alguns cuidados e fazer alguma proteção a habitações", referiu ao CM fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém.
O segundo maior incêndio foi registado em Barcelos e os momentos de maior aflição foram vividos em Santa Leocádia, com várias habitações e uma fábrica de peúgas em risco. "Tudo serviu para lançar água para as chamas. Já estamos habituados ao fogo, mas este ano estava descontrolado", referiu ao CM Rosa Ferreira, com as labaredas a metros da sua moradia. Também as funcionárias da fábrica tiveram de sair do trabalho para atacar o incêndio.
Foi combatido por 95 bombeiros de corporações de vários pontos do País, apoiados por cinco meios aéreos. Deflagrou às 14h00 e lavrou durante cinco horas. Foi dado como extinto ao cair da noite de ontem.
Fonte: CM
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