Ser bombeiro é uma profissão digna, embora não seja tratada como tal. Quem o diz é Valdemar Furtado, adjunto do comando da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada (AHBVPD), que falava, à Atlântida, a propósito do Dia Internacional do Bombeiro, que se comemora hoje.
Segundo Valdemar Furtado, uma das principais preocupações do quartel passa pela exigência da população, que em vez de um bombeiro exige um profissional. Uma situação mais visível à noite, quando muitos dos voluntários estão ao serviço.
“Quando pedem um bombeiro, pedem um profissional e esquecem-se que alguns são voluntários à noite, fazem piquetes noturnos, fazem sacrifício da própria vida, deixam as suas famílias e vêm”. O responsável adianta que “na nossa casa, já somos muitos profissionais, sendo que hoje em dia os bombeiros acarretam muito mais saber do que há alguns anos e a ideia é melhorarmos cada vez mais o serviço prestado à comunidade”.
Uma outra preocupação prende-se com a falta de dinheiro para a aquisição de equipamentos que, segundo o adjunto do comando, é uma dificuldade sentida de norte a sul do país, passando pelas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.
Valdemar Furtado acusa mesmo as câmaras municipais de não ajudarem naquilo que deviam, adiantando que, muitas vezes, o seguro não cobra os acidentes pelo facto de o veículo de prestação de socorro não estar devidamente equipado.
Contudo, para o responsável, bombeiro há 32 anos, a missão destes profissionais é salvar vidas, seja qual for o tipo de salvamento, bem como as vítimas envolvidas.
“Desde ir tirar um gato a um acidente de avião, desde um pequeno incêndio num caixote de lixo a um grande incêndio e é importante que não levemos estas situações para casa”, refere o responsável.
Durante o dia de hoje, o quartel dos bombeiros de Ponta Delgada mantém as portas abertas a todos os que queiram conhecer a instituição.
Fonte: Rádio Atlântida
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