Salvou Menino de Dois Anos, mas não se Vê como um Herói - VIDA DE BOMBEIRO

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sábado, 14 de maio de 2016

Salvou Menino de Dois Anos, mas não se Vê como um Herói


Ricardo Gordinho contou ao Notícias ao Minuto o que sentiu ao salvar a vida de um menino de dois anos que estava a sufocar.

Era o fim de mais um turno noturno nos Bombeiros Voluntários de Albufeira e Ricardo Gordinho seguia a pé para casa.

Tinha tudo para ser mais uma manhã igual a tantas outras, mas as primeiras horas de sol da última quinta-feira vão ficar marcadas na memória do bombeiro voluntário de 21 anos.

Quando passava junto à Rotunda das Ferreiras, em Albufeira, um grande aglomerado de pessoas chamou a atenção de Ricardo.

Ao aproximar-se viu uma “criança deitada no chão em paragem cardiorrespiratória” ao mesmo tempo que populares lhe faziam manobras de suporte básico de vida.

“Mas não eram as mais adequadas”, referiu o bombeiro ao Notícias ao Minuto, explicando que as manobras que estavam a ser feitas “não eram adequadas a uma criança, mas sim a um adulto que tem uma fisionomia maior”.

Assim, recordou, abordou a criança e iniciou ele próprio as manobras de suporte básico de vida mais apropriadas.

“Não tive noção do tempo que ali estive”, admitiu, lembrando-se ainda do “suspiro agonizante” que o menino deu.

Entretanto chegou uma ambulância da Cruz Vermelha Portuguesa e uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER). As manobras continuaram até que a criança mostrou sinais de estar a recuperar.

Quando chegaram ao Hospital de Faro o menino era uma “nova criança”. O pedaço de pão que o estava a sufocar já havia sido retirado e a criança respirava normalmente.

“Quando chegámos ao hospital ele era um rapaz completamente novo com aquele olhar de curiosidade e a sorrir”, contou.

Apesar de lhe dizerem que foi um herói, Ricardo recusa o epíteto. “Não me considero um herói. Simplesmente fui um operacional perante uma situação de emergência”, sublinhou.

Em três anos de voluntariado nos bombeiros, Ricardo assegura que esta foi a experiência positiva mais marcante que já viveu. “Uma criança é sempre uma criança, é diferente. Não sei explicar”, rematou.

Fonte: Noticias ao Minuto

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