As populações das aldeias da serra d’Arga, em Caminha, ainda não gostam de recordar o mais devastador incêndio vivido no concelho, em agosto do ano passado.
Em maio de 2016, o mês que marca o início da fase Bravo, a segunda mais crítica de combate a incêndios, a autarquia continua à espera de receber meio milhão de euros que vai permitir limpar os danos causados pelas chamas na paisagem.
"Ainda aguardamos pela aprovação da candidatura que, juntamente com os conselhos diretivos de baldios, apresentámos aos fundos comunitários", lamentou Miguel Alves, presidente da Câmara Municipal de Caminha. O autarca relembra o pânico vivido pelos moradores das aldeias das Argas – Arga de Baixo, Arga de Cima e Arga de São João – que viram o incêndio ser travado na sua zona, depois de ter começado em Vila Nova de Cerveira, entrando, de seguida, em Caminha. As chamas devastaram vários hectares de floresta numa zona considerada "um verdadeiro santuário natural".
Apesar da demora, o edil continua "confiante" na aprovação do financiamento que vai servir para limpar os detritos do incêndio, desobstruir as linhas de água e regenerar os solos. Em 2016, o município caminhense investiu cerca de 157 mil euros na abertura de caminhos florestais que atravessam o concelho, desde o Vale do Âncora até ao Vale do Minho. Em abril passado foi também apresentado o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais para o distrito de Viana do Castelo, o mesmo de 2015.
Estarão disponíveis para o combate aos incêndios 55 equipas, 255 operacionais e 55 veículos. No que diz respeito a meios aéreos, o dispositivo inclui um avião na fase Bravo, que teve início na semana passada, dois na fase Charlie, a mais crítica, e um na fase Delta.
Fonte: CM
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