"Quando entrei, a Augusta estava deitada no chão, à saída do quarto. Tinha-se arrastado, mas já não conseguiu chegar à porta da casa", descreveu Arlindo Soares, de 47 anos, que, no domingo à noite, salvou a vizinha de uma habitação em chamas, em Rio Caldo, Terras de Bouro.
Maria Augusta Ferreira, 60 anos, já tinha a roupa a arder quando foi resgatada. Sofreu queimaduras em mais de 50 por cento do corpo. Está internada na Unidade de Queimados do São João, no Porto. A mulher, viúva há sete meses, vive sozinha naquela casa, no lugar de Parada. Costumava fumar na residência e terá sido um cigarro mal apagado a causar o incêndio.
"Ao ver as chamas, presumi que ela estivesse lá dentro. Arrombei a porta e vi a Augusta. Arrastei-a para o exterior e, entretanto, chegou o meu irmão", descreveu Arlindo Soares, que, com a ajuda do familiar, ainda foi retirar as garrafas de gás da casa. Pouco depois, o telhado ruiu. O incêndio foi detetado cerca das 22h30. "Ouvimos uns estrondos fortes, parecia fogo de artifício. Vim cá fora e vi as labaredas", descreveu ao CM Teresa Névoa, vizinha. Os populares recorreram depois a mangueiras para tentar apagar as chamas, mas só a chegada dos bombeiros pôs fim ao pânico.
"Quando vi a casa toda a arder até me afligi. Ouviam-se estouros medonhos", disse Maria da Conceição. O lugar de Parada esteve sem energia elétrica até ontem de manhã, devido ao incêndio. A casa ficou em escombros.
Fonte: CM
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