Um helicóptero que transportava uma vítima de Macedo de Cavaleiros aterrou no heliporto do Hospital de Braga e no momento de aterragem cai a dez metros do chão, incendiando-se e projectando um grande pedaço para o edifício em frente, acertando no piso onde se localiza a Unidade de Cuidados Neonatais e que teve que ser totalmente evacuada dado risco de desmoronamento.
Do aparatoso acidente resultam cinco vítimas - dois tripulantes e três passageiros dois profissionais de saúde e a vítima que estava a ser transportada, que acabou por falecer. Há ainda uma sexta vítima, um bombeiro ferido, que estava no local da aterragem do helicóptero. O Hospital de Braga activa imediatamente o Plano de Catástrofe.
O cenário acima descrito bem poderia ter sido real, mas foi apenas um simulacro realizado, ontem de manhã, no Hospital de Braga, como forma de testar o Plano de Catástrofe, Plano de Emergência do Heliporto e as medidas de auto protecção, que, de uma forma geral, todos os meios envolvidos acabaram por testar.
A simulação - que é um procedimento de segurança - contou com o envolvimento dos Bombeiros Sapadores e Voluntários de Braga, PSP, Polícia Municipal, Serviços Municipais de Protecção Civil, Protecção Civil e INEM, Autoridade Nacional de Aviação Civil, convocando-se todos os meios para participar neste grande teste em cenário real.
Sílvia Oliveira, enfermeira e coordenadora de Gestão do Risco e delegada de segurança, explica que “todos os anos temos que fazer um exercício às medidas de auto protecção, em que se podem criar vários cenários e este ano decidimos criar um cenário diferente com o desmoronamento eminente de um edifício”
. Ora dado o grande impacto causado, quer na estrutura física, quer nas entidades da protecção civil, este simulacro juntou vários testes num só exercício, testando também o Plano do heliporto e Plano de Catástrofe da Urgência.
A responsável garante, em jeito de balanço, que “correu tudo muito bem”. “Na Neonatologia tínhamos havia um grande desafio onde temos um open space com 20 bebés instáveis e era uma dúvida nossa como correria uma evacuação nesta área em canso de incêndio ou desmoronamento e estamos muito satisfeitos pela forma como tudo correu, a equipa estava alinhada, manteve a calma. Os pais estavam todos por dentro do cenário e colaboraram connosco, apenas simulámos um bebé numa incubadora precisamente para testar quanto tempo demora a desmontá-la - o que foi feito em dois minutos. No total evacuámos dez bebés em cinco minutos - o que foi muito bom”, frisou.
Os testes no heliporto do hospital também correram dentro do previsto e as seis vítimas evacuadas foram atendidas nas urgências, onde foi accionado o Plano de Catástrofe. “Apesar de estar tudo planeado e haver formação todos os anos é importante que os profissionais testem estas situações em cenário real, onde têm que tomar decisões rápidas”.
Hercílio Campos, da Protecção Civil de Braga, referiu que “este exercício teve como vantagem a surpresa para testarmos como respondem as forças em situação real e, neste caso, os vários corpos de bombeiros responderam bem àquilo que era solicitado com o seu equipamento de reserva nos quartéis”. “Os resultados de toda esta actividade dá-nos uma grande segurança”, garantiu o responsável.
Fonte: Correio do Minho
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