Bombeiros Chegam ao Limite das Suas Capacidades e nem “Se Apercebem” - VIDA DE BOMBEIRO

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domingo, 20 de março de 2016

Bombeiros Chegam ao Limite das Suas Capacidades e nem “Se Apercebem”


Muitas vezes os bombeiros estão no combate a incêndios já no limite das suas capacidades e em situações de desidratação e sem se aperceberem.

Esta é já uma constatação do estudo que está a ser realizado pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Tarouca em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) através do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD).

O projeto “Pela vida de quem dá a vida” terminou a sua primeira fase e os resultados nais deverão ser dados a conhecer no nal do próximo verão.

O projeto tem como objetivo o de “identificar o perfil de resposta biológica e comportamental dos bombeiros em situação de combate para elaboração de estratégias de otimização de rendimento e minimização de risco”.

“A primeira parte foi feita no verão passado com a análise e recolha de informação da aptidão física dos bombeiros em situações simuladas.

Só neste tipo de experiência percebemos que há bombeiros a atingir o limite das suas capacidades e isto sem chamas verdadeiras”, explicou Hugo Sarmento, professor da área do Desporto na Escola Superior de Educação de Viseu e bombeiro em Tarouca.

Segundo este especialista, em análise estiveram vários fatores de âmbito biológico como o peso, a temperatura corporal, a frequência cardíaca e níveis de hidratação que, por exemplo, podem ser avaliados através de análises à urina.

Hugo Sarmento anunciou ainda que a segunda parte do projeto avança este ano e será em contexto real.

“Vamos conseguir avançar com a análise e recolha de dados dos bombeiros em situação de combate real”, disse, revelando que este projeto – que ficou classificado em primeiro lugar no programa promovido pelo Município de Tarouca “Cidadão Participa”, com um financiamento de três mil euros – vai igualmente ser financiado por um programa europeu “e que vai permitir ter uma equipa de jovens investigadores no Quartel a tempo inteiro”.

“Os resultados finais só serão conhecidos mais tarde, mas este é um projeto muito útil porque funciona também como uma reeducação corporal dos próprios bombeiros, uma forma de eles saberem interpretar os seus sinais e perceberem os seus limites”, concluiu Hugo Sarmento.

Fonte: Jornal do Centro

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