Morreu após duas horas encarcerada sem que ninguém dessa por ela - VIDA DE BOMBEIRO

______________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Morreu após duas horas encarcerada sem que ninguém dessa por ela


Às 9.43 horas de terça-feira as sirenes dos corpos de bombeiros de Alcochete, Palmela, Pinhal Novo, Montijo e Águas de Moura para acudirem a um acidente em cadeia em plena A12 entre Setúbal e a Ponte Vasco da Gama, um quilómetro depois das portagens do Pinhal Novo envolvendo 17 viaturas.

Mas eram 11.57 horas quando o Seat Ibiza de Maria Forreta, 54 anos (que estava sozinha numa amálgama contra um autocarro), ia ser rebocado que foi encontrada a condutora em paragem cardiorrespiratória escondida pelos assentos desalinhados. Morreu pouco depois de nova chegada do INEM e de manobras de ressuscitação.

Entre os escombros, a mulher passou despercebida durante mais de duas horas. Algo que as autoridades explicam com o facto de estar escondida pelos assentos, na amálgama de chapa em que ficou o carro, que terá como provável destino a sucata.

As imagens atestam a violência do acidente.

O aparatoso acidente contabilizava vítimas leves, algumas assistidas no local que recusaram deslocação para o hospital e outras que tiveram de ser transportadas para várias unidades hospitalares, desde o São Bernardo ao Garcia de Orta, Santa Maria e São José.

Desde o inverno passado que não se abatia um nevoeiro como o da manhã de ontem sobre toda a região de Setúbal e terá sido essa a razão que levou a que 15 viaturas ligeiras, mais uma mota e um autocarro da Transportes Sul do Tejo embatessem em cadeia.

De acordo com um taxista, a partir de certa altura, o nevoeiro adensou-se de tal forma "que não se viam cinco metros para a frente". Foi nessa altura que se deparou com uma viatura "em marcha muito lenta". "Travei a fundo e acho que ainda lhe toquei", afirma. E foi logo a seguir que veio um motociclo que embateu com toda a força no táxi e o condutor viu "o corpo a voar ao lado do carro", atirando ainda a sua viatura contra o veículo da frente. O motociclista aterrou contra o primeiro. "Instantaneamente, veio um autocarro e depois deu-se o embate em cadeia", recordou.

Os 15 feridos leves ocuparam todos os meios de proteção civil no local, com nove a ser transportados para os hospitais e outros seis assistidos em plena via pública, que esteve cortada durante mais de cinco horas. David Nogueira, outro condutor, sublinhou que "não houve pânico mas muita entreajuda".

Fonte: JN





Sem comentários:

Enviar um comentário