A Autoridade Nacional da Proteção Civil conclui hoje um exercício iniciado ontem que visa aferir a resposta do sistema nacional de proteção civil no caso de ocorrer um tsunami associado a um sismo.
O exercício, que testou os efeitos de um sismo semelhante ao de 1755 na região do Algarve, contou com a participação da proteção civil de Espanha e da congénere de Marrocos.
"Foram apuradas algumas falhas, o que nos permite melhorar o sistema", afirmou ao CM o segundo comandante da Proteção Civil, Joaquim Moura. "Não se está preparado para um sismo de 7.9"
Correio da Manhã – Qual é o objetivo deste exercício?
Joaquim Moura – O exercício visa testar a capacidade de resposta num evento de tsunami na costa sul. Não é um exercício nacional, participam três países: Portugal, Espanha – que lidera o exercício – e Marrocos.
– Que resposta foi dada?
– Temos uma equipa que faz a avaliação e temos algumas "lições" identificadas, que terão de ser validadas. Os planos existem, estão a ser testados.
– Que falhas foram já identificadas?
– É prematuro falar em falhas. Todo o sistema está a funcionar. Houve um sismo a 130 quilómetros a sudoeste do Cabo de São Vicente de magnitude de 7.9 que afetou o Algarve. Foi posto em prática o Plano Especial de Emergência para o Risco Sísmico e Tsunami e todo o território está pronto para integrar uma resposta de apoio à região.
– O País está preparado para um evento dessa magnitude?
– Nenhum país está preparado. O historial diz-nos que desde o sismo no Japão e Nepal nenhum país, por muito preparado que esteja, consegue ‘per si’ fazer face a um evento desses.
– Que conselhos dá?
– Em caso de sismo, as pessoas devem baixar-se, proteger e aguardar que passe. Devem ter em casa água e alimentos.
Fonte: CM
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