É num comunicado feito através da Liga de Bombeiros Portugueses que Jaime Marta Soares manifesta o seu descontentamento em relação ao comunicado feito pelo Sindicato Nacional de Bombeiros Portugueses dando conta do novo Acordo Colectivo de Trabalho.
Jaime Marta Soares diz que ficou "surpreendido com o teor da narrativa nele contida, e que este tem provocado junto das Associações, enorme desconforto e indignação".
Deixamos de seguida o Comunicado feiro na integra:
"Ao analisarmos o conteúdo do comunicado, emitido por esse Sindicato, relativo às negociações de um novo Acordo Colectivo de Trabalho, fomos surpreendidos com o teor da narrativa nele contida, e que tem provocado junto das Associações, enorme desconforto e indignação.
Com efeito, esse Sindicato, e os seus dirigentes não souberam respeitar a vontade das Associações e a reserva que deveriam merecer ao darem a conhecer um enunciado de propostas para inicio de negociações que não são, ainda hoje, mais do que isso, propostas susceptívies de ser ou não aceites pelas partes.
As Associações, representadas pela Liga dos Bombeiros Portugueses, são pessoas de bem que não querem ver na praça pública uma pressão continuada sobre as negociações, nem aceitam que sejam tratadas como entidades "exploradoras" do trabalho dos Bombeiros, declarações que frontalmente repudiamos.
No contexto do comunicado é afirmado que:
"Temos oportunidade de lutar pela defesa dos direitos dos Bombeiros Profissionais ao serviço das AHB de Bombeiros Voluntários, na formação profissional de todos os Bombeiros, no combate a todas as formas de exploração e precariedade laboral".
Ora tal afirmação fere os mais elementares princípios de boa-fé, que deve existir entre as partes em matéria negocial.
Acresce que esta mesma boa-fé, foi evocada pela Liga dos Bombeiros Portugueses, nessa reunião na DGERT-Direcção Geral do Emprego e Relações de Trabalho, e por isso, não podemos aceitar que na primeira oportunidade, esse Sindicato tenha quebrado, essa boa fé negocial, criando um incidente que conduzirá naturalmente a uma falta de confiança entre as partes.
Não contestamos que o Sindicato procure valorizar a sua posição junto dos trabalhadores, mas não desta forma incorrecta e despropositada, sem sustentação negocial, e respeito institucional, pelo que consideramos não existirem neste momento condições objectivas para prosseguir uma negociação, que se encontra inquinada à partida pela posição sindical, totalmente desadequada, por parte de V. Exa, pelo que, as reuniões só prosseguirão depois de uma reunião prévia para esclarecimento de todas as matérias e correcções consequentes.
Mais esclarecimentos que desta nossa posição daremos conhecimento à DGERT."
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