As diligências adicionais pedidas pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, ao hospital de Abrantes, reforçam as conclusões da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) que apontam para uma "atuação ilegal" do presidente do INEM, Paulo Campos.
Em causa está a investigação da IGAS ao transporte de uma amiga de Paulo Campos num helicóptero do INEM. Este caso será a gota de água que levará o ministro a deixar cair o presidente do INEM. Fontes do Ministério da Saúde, ouvidas pelo CM, garantem que desta vez o ministro não tem condições para manter o major médico Paulo Campos. Desde que assumiu a presidência do INEM, em março de 2014, são várias as polémicas com Paulo Campos. Além do caso do helicóptero do INEM, o major foi alvo de outra investigação: desvio de uma ambulância com uma doente em estado crítico, para que a mulher de Paulo Campos, enfermeira a bordo da viatura, chegasse a horas ao hospital de Coimbra.
O caso foi arquivado por falta de provas. A tudo isto acrescem as denúncias de ambulâncias paradas por falta de tripulantes e as paralisações dos técnicos de emergência. A falta de confiança no presidente levou a que trabalhadores do INEM pedissem a demissão de Paulo Campos. O relatório da IGAS recomenda a instauração de um processo disciplinar por "violação do dever geral de prossecução do interesse público", como consta no relatório a que o CM teve acesso.
Ao CM, fonte do INEM afirma que o "presidente não pode pronunciar-se sobre conteúdos que desconhece oficialmente".
Fonte: CM
Sem comentários:
Enviar um comentário