Problema dos Fogos Florestais "Não Está no Combate" - VIDA DE BOMBEIRO

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sábado, 31 de outubro de 2015

Problema dos Fogos Florestais "Não Está no Combate"


O presidente da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Soares, defendeu hoje que o problema dos fogos florestais assenta na falta de prevenção e na incompetência do planeamento e ordenamento da floresta portuguesa.

"O problema dos fogos florestais não está no combate, está a montante: está na prevenção estrutural. Está na incompetência do planeamento e ordenamento da floresta portuguesa e temos que alterar este paradigma", alegou.

Na sua intervenção nas primeiras jornadas técnicas "Incêndios florestais: Um paradigma em mudança", que decorrem ao longo do dia em Viseu, Jaime Soares sublinhou que "os fogos evitam-se: não se combatem".

"Quão felizes não seriamos se a evolução na área da prevenção estrutural fosse à dimensão daquilo que tem sido a evolução do combate", acrescentou.

O presidente da Liga de Bombeiros Portugueses criticou "o conservadorismo extraordinário e inaceitável de todos os responsáveis do setor da floresta", apontando que "deveria haver uma grande preocupação com a prevenção estrutural da floresta portuguesa".

"Este é um país que ainda não conseguiu ter o cadastro das suas florestas, onde muita gente anda à procura de onde estão os seus terrenos. Não havendo cadastro, é difícil fazer emparcelamento e, consequentemente, planeamento: nem há mosaicos florestais e todos sabemos que é fundamental que isso aconteça", sustentou.

No seu entender, é urgente "começar a tratar floresta", "o petróleo verde" de Portugal.

"Se os políticos tivessem um bom entendimento nesta matéria e, alguns deles, conseguissem diferenciar um chaparro de um eucalipto, não tenho dúvidas de que poderíamos ir muito mais longe", referiu.

Jaime Soares aproveitou ainda para aludir à Lei das Sesmarias, promulgada no século XIV pelo Rei D. Fernando I, e que "era precisamente a possibilidade e garantia que o coletivo se sobreponha ao individual, ou seja, não tirar o terreno as pessoas mas poder fazer o planeamento".

"Pergunto porque não se faz uma lei expropriante, não expropriar a comunidade, já que as zif's [zonas de intervenção florestal] têm vindo a falhar", concluiu.

Fonte: Noticias ao Minuto

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