O planeamento de segurança é um requisito fundamental para qualquer organização que assuma as questões de ‘risk management' como uma opção estratégica e não como uma obrigação ou um estorvo, afirmou Miguel Ângelo, comandante da corporação de Bombeiros de Carregal do Sal - entre outras actividades ligadas ao sector.
Para aquele responsável, um plano de segurança deve, desde logo, assumir uma aposta na prevenção - o que obriga a organização a estudar profundamente os riscos da sua actividade, primeiro caminho para um conhecimento profundo das causas que podem ter como consequência o acidente.
Uma vez conhecida essa envolvente, é necessária a criação de um plano de emergência, que deve, por um lado, envolver todos os recursos humanos e, por outro, ser exaustivo no que se refere à actuação em cenário de crise. Nesse quadro, o plano deve contemplar a caracterização do risco, a estrutura interna de segurança, os meios e recursos disponíveis, o plano de actuação interno, o plano de evacuação, instruções de segurança (nomeadamente plantas de emergência) e um plano de comunicação.
Só assim é possível contribuir para que não ocorram ‘disparates' como o exemplo real que Miguel Ângelo trouxe à coacção: num cenário de incêndio industrial, os bombeiros preocuparam-se em defender das chamas quase uma dezena de enormes cubas de metal que se encontravam junto às instalações e que podiam conter produtos químicos ou combustíveis, criando risco de explosão ou de propagação descontrolada do sinistro; uma vez passada a emergência, veio a constatar-se que as cubas continham água, que poderia ter sido usada no combate às chamas...
Mas um bom plano de segurança tem ainda um dispositivo final: deve contribuir para mensurar toda a situação de emergência, não apenas como forma de que a situação não se repita, mas também para patrocinar a alteração daquilo que falhou.
Fonte: http://economico.sapo.pt/
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