Entre 15 de maio e esta terça-feira, os bombeiros registaram 3355 incêndios. O número mais elevado, para aquele período, dos últimos 12 anos.
É uma média de 71 ocorrências por dia.
As sucessivas vagas de calor estão a gerar preocupação e a fase crítica de fogos florestais apenas começa esta quarta-feira com quase dez mil operacionais no terreno. Segundo apurou o CM, a Proteção Civil está a preparar-se para um verão "escaldante e trabalhoso". Já sabe que, pelo menos até dia 20 de julho, a previsão do Instituto Português do Mar e Atmosfera indica que as temperaturas vão ser acima da média, especialmente no Norte do País. "Tivemos o junho mais severo dos últimos anos em termos de calor e condições meteorológicas", afirmou ontem José Manuel Moura, comandante operacional nacional da Proteção Civil. Ainda assim destacou a "boa" resposta do dispositivo de bombeiros, "apesar de constrangimentos com os meios aéreos".
A fase ‘Bravo’ (15 de maio a 30 de junho) contou apenas com 5 dos 13 meios aéreos pesados previstos: há 4 Kamov avariados e faltaram dois aviões Canadair e dois Fire Boss. Hoje arranca a fase ‘Charlie’, que até 30 de setembro coloca no terreno quase dez mil operacionais, dois mil veículos e 45 meios aéreos. "Teremos de fazer a melhor gestão com os meios que temos. Vamos deslocar e pré-posicionar meios onde se preveja serem mais necessários", frisou José Manuel Moura. A grande prioridade é chegar ao fim da época de fogos "com zero vítimas, sejam civis ou combatentes". Por isso, foi reforçada a formação, e José Manuel Moura, questionado pelo CM, lamenta o atraso na entrega de Equipamentos de Proteção Individual aos bombeiros.
"Tudo o que seja para dar segurança deixa-nos mais preparados para a missão", assegurou o comandante.
Fonte: CM
