Nelson Teixeira Batista, vice-presidente do Conselho Português de Proteção Civil (COPPROCIV), comentou, em comunicado enviado às redações, a situação em que se encontra atualmente o INEM.
Para Nelson Teixeira Batista, existem três questões essenciais que resultaram nos problemas que afetam hoje o INEM: “A legítima luta pelos direitos laborais e ressarcimento dos valores devidos”, “a existência de uma carreira regulamentada em que fique claro qual o papel e função de cada um” e “o aumento de competências, que não é uma necessidade deste ou daquele profissional, mas sim um direito que os doentes têm de ser devidamente assistidos”.
O vice-presidente do Conselho Português de Proteção Civil (COPPROCIV) acrescenta, sobre este último ponto, que “o aumento de competências tem de ter associado a existência de modelos de formação que não podem ser ministrados fora do sistema nacional de certificação e qualificação pelo risco de não terem qualquer valor a posterior”.
Nesta senda, para que existam modelos de formação certificados, é preciso que haja “tempo para os implementar”, diz o mesmo responsável. “O que quer dizer que mesmo que se começasse agora levaria tempo até que realmente estivessem as competências adquiridas”, sublinha.
Numa fase posterior às formações, definição de carreiras e competências em prática, “é necessário existir regulação e supervisão, que somente é possível com a existência de um regulamento de atividade, código deontológico, e um representante legal da classe, e só desta forma é que o pessoal começará a ter alguma credibilidade e respeito dos outros profissionais”.
“Por isso não vale a pena andar-se a atacar este ou aquele”, pede Nelson Teixeira Batista, ressalvando, no entanto, que “isto não quer dizer quer se baixe os braço, é necessário continuar a lutar contra os lóbis que tem conseguido atrasar este processo sem qualquer respeito quer pelos doentes quer por aqueles que se dedicaram em pleno a este sistema”.
Fonte: Lusa