Uma criança de quatro anos morreu, na tarde de sábado, em consequência de uma queda do quinto andar de um apartamento em Lourosa, Santa Maria da Feira.
Uma deslocação repentina para junto da janela apanhou os familiares de surpresa que não conseguiram evitar a queda. "Foi coisa de segundos", garantiu Joaquim Henrique, um tio de Gonçalo Castro, o menino que faleceu em consequência da queda.
Destroçado com o trágico acidente e ainda com dificuldade em conter a emoção, Joaquim Henrique explicou, ao JN, o que os familiares lhe contaram sobre o sucedido.
Gonçalo, filho único do casal que vive em Gaia, mas que é natural de Santa Maria da Feira, tinha vindo com os pais a casa dos avós, como é habitual ao sábado. "Era uma criança muito alegre e adorava brincar com o avô", explicou.
Com toda a família reunida no apartamento, a criança estava a brincar na zona da sala quando terá corrido repentinamente para junto da janela onde havia uma cortina.
O avô apercebeu-se desta deslocação e correu de imediato para junto do neto. "Foi tudo muito rápido, o avô ainda tentou, mas já não conseguiu agarra-lo", recordou.
A criança caiu no vazio em direção ao chão do edifício. Os bombeiros de Lourosa e uma equipa da VMER ainda tentaram, mas sem sucesso, reanimar Gonçalo.
Foi transportado para o Hospital S. Sebastião, na Feira, mas naquela unidade hospitalar limitaram-se a confirmar o óbito. Os pais e avós receberam apoio de psicólogos.
"Era um menino muito querido daquela família e cheio de vida que terminou em segundos", lamentava a vizinhança do Edifício Lima Sol, onde caiu a criança.
"Foi um cenário terrível. Estamos todos em choque com o que aconteceu", afirmava uma vizinha de lágrimas a escorrer pelo rosto.
Uma imagem que dizem não esquecer mais. Gonçalo estava inanimado sobre o chão, ainda agarrado ao seu peluche amarelo.
Fonte: JN
