A mãe do menino de 3 anos que morreu depois de cair numa piscina de uma moradia em Lagos fez tudo para o salvar. "A mãe retirou o filho da água e carregou-o para a rua, onde pediu ajuda", recordou ao CM uma vizinha, ainda abalada com o acidente.
O INEM e os bombeiros fizeram manobras de reanimação durante mais de uma hora, mas sem sucesso. A criança morreu no hospital de Portimão. O caso ocorreu no sábado e foi um dos primeiros registados em 2015 pela Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), que lamenta a "lacuna na lei" em relação à segurança em piscinas privadas. "Só há regras para os parques aquáticos. Nem as piscinas dos hotéis têm normas obrigatórias por lei em relação à segurança na água", lamentou ao CM Sandra Nascimento, presidente da APSI, que refere que foi criado um grupo de trabalho para legislar sobre o problema, mas "ainda sem resultados".
No caso do afogamento em Lagos, o menino de 3 anos estava em casa com a mãe. Moravam numa vivenda na zona da Albardeira, há pouco mais de um mês. "Quando são ambientes novos o perigo aumenta, porque não houve tempo para as famílias fazerem uma avaliação dos riscos", explica a dirigente da APSI. Segundo referiu a vizinha ao CM, "o cão, que estava na casa, terá começado a ladrar quando o menino caiu". Nesse momento, a mãe apercebeu-se e retirou a criança da água. "Ela estava em pânico a pedir ajuda e uma vizinha ouviu e chamou o socorro", recorda. A GNR de Lagos esteve no local e registou o acidente.
Com o verão à porta, a presidente da APSI alerta para a necessidade de vigilância mais próxima, utilização de auxiliares de flutuação e o uso de vedações nas piscinas.
Fonte: CM