INEM Nega que Recusa de HorasExtraordinárias Ponha Socorro em Causa - VIDA DE BOMBEIRO

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domingo, 7 de junho de 2015

INEM Nega que Recusa de HorasExtraordinárias Ponha Socorro em Causa

O Instituto Nacional de Emergência Médica garantiu este domingo que a recusa dos técnicos em fazer horas extraordinárias não põe em causa os cuidados de emergência médica, apesar de admitir "alguns constrangimentos".

Segundo o INEM, "constrangimentos de recursos humanos" levaram a que o organismo pedisse aos técnicos de emergência para assegurarem "os turnos que não podem ser feitos dentro do horário normal", passando esse trabalho a ser considerado extraordinário e a ser pago como tal.

No entanto, desde o início do mês de junho que os técnicos de emergência se recusam a fazer horas extras, queixando-se da falta de pagamento dessas horas, bem como de subsídios, e de cortes nos salários.

"Naturalmente essa recusa em fazer horas extraordinárias provoca alguns constrangimentos ao Sistema [Integrado de Emergência Médica] mas não põe, de forma alguma, em causa, os cuidados de emergência médica porque o CODU (Centros de Orientação de Doentes Urgentes) continua a enviar os pedidos e solicitações para o meio de emergência mais próximo, seja ele INEM, Bombeiros ou CVP (Cruz Vermelha Portuguesa)", lê-se no comunicado.

A posição do INEM surge depois dos técnicos de emergência terem convocado uma vigília, para hoje, contra a degradação das condições de trabalho e depois da comissão de trabalhadores ter afirmado que "o socorro em Lisboa está, sim, em causa", já que seis das 17 ambulâncias estão paradas.

O Instituto de Emergência Médica diz que dispõe, em Lisboa, de 26 meios de socorro, admitindo, no entanto, que no turno deste domingo das 16 horas à meia-noite há três ambulâncias inoperacionais, "cujos serviços estão a ser assegurados pelo meio mais próximo de socorro".

"O INEM reafirma que as condições de socorro e emergência não estão postas em causa nem em Lisboa nem no restante país e lamenta que se jogue, demagogicamente, com algo tão precioso como a vida humana", diz o organismo.

Acrescenta ainda que "nunca deixou de manter o diálogo e de fazer o que está ao seu alcance para a resolução, no tempo possível, das reivindicações" do Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE).

A vigília, "em defesa dos postos de trabalho e da dignidade profissional", está marcada para as 24:00, em frente à sede do instituto, em Lisboa.

Fonte: JN