A Opinião nos Bombeiros - VIDA DE BOMBEIRO

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sábado, 6 de junho de 2015

A Opinião nos Bombeiros


Há quem as tenha, quem as esconda, quem as copie e quem não faça a mínima ideia do que isso seja!
Há quem se atire de cabeça e as arrisque sem perceber patavina do assunto nem entender népia do que está a acontecer, são uns penetras.
Há aquelas que nos escapam, as que não acrescentam nada para o peditório, as que nos marcam, as que não contam, as que são totalmente inúteis e dispensáveis e as que roubamos aos outros, sem vergonha nem receio.

Há as redondas, que têm como função não fazer ondas, espremidas não dão nada, nem sumo, e há as que são como as azeitonas, depois de abertas, só fica o caroço.
Há as que aborrecem, as que incomodam, as que tocam na ferida, as que levantam verdades, as que têm um efeito modificador.
Hás as que são bem vindas, as que se aguardam, as que se desejam, as que nos enriquecem e as que se desprezam.

Há quem espere pela dos outros para ver em que param as modas e só depois diga a sua, há os cinzentões e os opacos, há quem, por mais que se insista, não sai lobo daquela moita, mas tenha manias de ser respeitado como opinador do “regime”.
Há quem mude de opinião, dependendo das circunstâncias, conforme o auditório, em função dos tempos e consoante o tempo.

Uma opinião pode mudar muita coisa, ter opinião é um grande peso, uma opinião bem pesada pesa mais que um esqueleto escorreito e com saúde.
Ter opinião é uma chatice e é uma canseira, quando é polémica costuma dar coceira, quando é dita a medo dá tremideira.

Por vezes, não se dá opinião porque não se quer perder um amigo, porque se quer garantir o "lugarzinho", porque não se quer perder votos e eleições.

Quem não mostra opinião passa pelos intervalos da chuva, não se molha e não fica de mal com ninguém, mas também nunca se fica a saber o que pensa sobre coisa alguma, se é que, por milagre, pensa.
Por vezes, não se dá opinião porque não se tem, pura e simplesmente, o que é uma angústia.
Por vezes, dá-se opinião sobre tudo, o que é um pobreza de espírito e uma tristeza para a alma.

Há opiniões pacíficas, sensaboronas, mornas, mas também as há fracturantes, polémicas, que saem "fora do quadrado" e que incomodam.

Há opiniões que são puras cavaladas e genuínas alarvices, mas que ditas por gente bem acolhida, logo se transformam em activo de grande valor.

A opinião tem um preço, quase sempre alto, por isso tantos se escondem atrás da opinião dos outros ou esperam que não lha perguntem.

Não ter opinião, dizer com os outros, não fazer ondas, garante lugares e "vidinha".

Por mim, continuarei a escrever as minhas opiniões e não as dos outros, escritas por vontade própria, por mais que tentem, não me fazem escrever artigos por encomenda, não sou capaz.

Proximamente, escreverei sobre o princípio actual e sempre polémico "o comando termina nos 4 galões".
Escreverei a frio, sem gritaria nem ironia, com argumentos e fundamentos, com a minha razão, que pode não ser a dos outros, mas agradar a todos também nunca foi o meu desígnio.

Publicada por Zingarelho Rm