A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Famalicão celebrou ontem o 125.º aniversário com a inauguração simbólica da remodelação das suas instalações, a bênção de três novas viaturas e a garantia de que, em 2015, o financiamento estatal através do Programa Permanente de Cooperação (PPC) terá um aumento de 25 por cento.
Convidado para a festa dos 125 anos, o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, destacou a aprovação pelo Conselho de Ministros da proposta de lei sobre financiamento das associações de bombeiros voluntários, que garante uma actualização do PPC a todas as corporações entre os três e os 25 por cento.
No caso dos Voluntários de Famalicão, o financiamento estatal será reforçado em cerca de 20 mil euros no próximo ano, caso a proposta de lei seja confirmada, como se espera, pela Assembleia da República. João Coelho, presidente da direcção daquela corporação, afirmou que a no- va lei de financiamento é um passo importante mas não suficiente para garantir a sustentabilidade financeira da instituição.
O dirigente da associação humanitária espera que o aumento do PPC possa ainda ser reforçado e que o Estado passe a comparticipar a compra de equipamentos para os bombeiros.
Ontem, os Voluntários de Famalicão colocaram ao serviço uma nova ambulância e dois carros de combate a incêndios, esforço de reequipamento que acompanha a a conclusão das obras de requalificação das áreas operacional e de formação do quartel orçadas em mais de 500 mil euros, com comparticipações de fundos comunitários e da câmara de Famalicão e investimento próprio de 80 mil euros.
Presente também no programa de aniversário dos Bombeiros Voluntários de Famalicão, o presidente da câmara, Paulo Cunha, assegurou que a autarquia não reduzirá um cêntimo que seja do apoio financeiro às corporações de bombeiros do concelho, apesar da quebras significativas das receitas municipais nos últimos anos.
Ao presidente da câmara que transfere 270 mil euros por ano para as três corporações famalicenses, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Marta Soares, pediu ontem que sensibilize a Associação Nacional de Municípios Portugueses a aceitar uma proposta estrutura de financiamento municipal às corporações de voluntários.
Se Famalicão pode ser apontado como exemplo, algumas outras câmaras do país “dão zero” aos bombeiros, lamentou o presidente da Liga.
Fonte: Correio do Minho