Cinco voluntários dos Bombeiros de Cête, em Paredes, salvaram, na tarde desta quinta-feira, um cão de morrer afogado no rio Sousa.
Valdir Ferreira, que já acudiu a outros animais em situações de apuro, não teve receio de entrar na água e resgatar o canídeo que terá passado a noite e grande parte do dia no leito do rio. "Nem pensei. O amor pelos animais levou-me a ir para dentro de água", refere.
O alerta chegou à corporação de Cête minutos depois das 13.30 horas. Do outro lado da linha de telefone, uma mulher explicava que um cão estava no rio e que, devido ao intenso silvado, não conseguia subir para a margem.
"A senhora ouviu o cão a latir toda a noite. Durante o dia, foi à procura e encontrou-o na água", descreve Sérgio Silva que, juntamente com Valdir Ferreira, Agostinho Pinto, Óscar Rodrigues e Humberto Ferreira, partiu de imediato para Alvre, em Recarei, em missão de salvamento.
"Quando chegámos, o cão estava junto à margem. Mas quando o tentámos apanhar, ele assustou-se e fugiu", conta o mesmo bombeiro.
Nessa altura, Valdir Ferreira não esteve com meias medidas e fez-se à água que, naquele local, tinha uma "corrente um pouco forte" e dava pela cintura do bombeiro. "Sempre que me aproximava ele fugia. Tive de estar alguns minutos "à conversa" com ele para lhe ganhar a confiança", diz. E foi assim que, quase um quarto de hora depois de estar na água, Valdir Ferreira conseguiu abraçar o cão e trazê--lo para terra.
"Depois de pegar nele, o cão só me queria lamber. Os animais sabem quem lhes quer bem", assegura o bombeiro, que já subiu a uma árvore com 15 metros de altura para salvar um gato.
Apesar de salvo, o animal - que usava coleira - continuava assustado e, à mínima distração dos bombeiros, fugiu para parte incerta. "Não sabemos se ele foi abandonado ou caiu ao rio por acidente. Não sabemos quem é o dono", lamenta Sérgio Silva.
Fonte: JN
