Há muitas dúvidas sobre a melhor forma, e a mais segura, de fazer queimas, queimadas e fogueiras. A TSF subiu à serra, na pista do fumo.
O desbaste de matos, a limpeza da floresta ou a simples atividade agrícola deixa resíduos, os chamados sobrantes que acabam, na maior parte dos casos, destruídos pelo fogo, a chamada queima.
Armando Pinto tem 40 anos e uma pequena horta a caminho de Fráguas, entre Vila Nova de Paiva e Viseu. Este pequeno agricultor é um dos muitos que usa o fogo na lavoura, que para além de destruir o que não é preciso ainda aduba as terras. Pequenas fogueiras, pois que as queimadas requerem cuidados.
Fogueiras e queimas não precisam de licenciamento mas são proibidas no verão e nos dias em que o risco de incêndio seja de nível elevado ou superior. Para além da licença, as queimadas obrigam à presença dos bombeiros ou sapadores florestais.
Uma queima "é quando se utiliza o fogo para eliminar sobrantes de exploração agrícola ou florestais, que estão cortados e amontoados". Já uma queimada é "quando se usa o fogo para renovação de pastagens e eliminação de restolho e ainda para eliminar sobrantes de exploração agrícola ou florestal e que estão cortados mas não amontoados".
Desde o início do ano, no âmbito da vigilância da floresta, a GNR registou 4.791 incêndios e foram detidas 18 pessoas. Há ainda 278 identificados e 248 contraordenações por uso de fogo negligente.
Só em Viseu estão já assinalados 508 incêndios e 76 indivíduos foram identificados como autores dos incêndios, a maioria por negligência no uso do fogo.
Fonte: Amadeu Araújo-TSF