O secretário de Estado da Administração Interna anunciou hoje a entrada de mais quatro meios aéreos ligeiros de combate aos fogos como forma de suprir os dois kamov que estão avariados.
O secretário de Estado, que falava perante a comissão de Agricultura e Mar, disse que hoje entrou no dispositivo um helicóptero ligeiro, na quarta-feira entra outro e na quinta-feira entram dois aviões ligeiros como "reforço da capacidade inicial de ataque e do ataque ampliado (aviões ligeiros) para obviar a falta dos kamov".
Destes quatro meios, dois estavam previstos entrar no dispositivo a 01 de julho - início da fase Charlie -, mas acabaram por ser antecipados para obviar à falta de dois kamov que estão avariados.
A questão dos kamov foi a que suscitou perguntas por parte de deputados dos grupos parlamentares do PS, PSD e do PCP.
Entretanto, referiu que o prazo para a apresentação de propostas para a reparação dos dois kamov termina hoje e que o prazo de reparação é de 30 dias, pelo que estes dois meios aéreos já estarão disponíveis para entrar no combate aos fogos na fase Charlie.
Sublinhou que, a 15 de maio, o Governo já tinha antecipado a entrada de quatro helicópteros ligeiros no combate aos incêndios florestais.
João Almeida referiu ainda que foi também antecipada a entrada em funcionamento de posto de vigia na fase Bravo de incêndios - de 15 de mai9o a 30 de junho - ascendendo estes a 944, a que acrescerão mais 236 na fase Charlie.
Na fase Bravo estão mobilizadas 1.541 equipas compostas por 6583 operacionais e 1.541 viaturas, segundo o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para 2015.
No que respeita às equipas de combate, o governante disse que este ano há mais 17 equipas de combate que em 2014 e mais 50 elementos ao nível do dispositivo terrestre. O total de equipas de combate este ano cifra-se em 2.234, referiu.
Questionado pela deputada socialista Isabel Oneto sobre se tinham sido reforçadas as equipas em Viana do Castelo, o secretário de Estado disse que o Governo breforço9u aquele distrito com mais duas equipas de intervenção permanente.
O governante referiu ainda terem sido distribuídos este ano 4.459 rádios móveis para equipar viaturas, além de terem sido distribuídas 316 bases SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal), o que perfaz um total de 480 bases equipadas com o sistema.
O secretário de Estado fez-se acompanhar pelo Comandante Operacional Nacional do Comando de Operações Nacional de Socorro da Proteção Civil, José Manuel Moura.
João Almeida disse ainda que este ano "foi dado um salto muito significativo ao nível do equipamento de proteção individual, nomeadamente com a distribuição de 14.336 equipamentos pelas áreas metropolitanas e de 9.140 pelas áreas da Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Na resposta às perguntas dos deputados socialistas Isabel Oneto e Miguel Freitas, que pretendiam ver respondidas questões relacionadas com a inoperacionalidade dos kamov, João Almeida disse que com o fim - hoje - do prazo de apresentação das propostas para arranjo das avarias daqueles helicópteros, os dois que se encontram inoperacionais já deverão estar a funcionar na fase Charlie.
Referiu que dos cinco kamov existentes três estão em condições de funcionar.
Acrescentou ainda que este ano o Governo fez concurso para quatro meios aéreos que já estarão ao abrigo do contrato plurianual e que entre as modificações feitas por este Governo no que respeita a incêndios encontram-se "vigilância médica, a isenção de propinas, a revisão do regulamento do transporte de doentes e as comparticipações".
Fonte: Lusa