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Imagem Ilustrativa |
Cinco corporações de bombeiros do distrito de Santarém estão na iminência de deixar de poder utilizar os Veículos Urbanos de Combate a Incêndios (VUCI’s), adquiridos no ano passado, por problemas no pagamento à empresa que vendeu as viaturas e que impede a respetiva inspeção periódica.
Em causa estão as novas VUCI’s das corporações de Alpiarça, Benavente, Golegã, Salvaterra de Magos e Santarém, adquiridas com recurso a fundos comunitários no âmbito de um concurso público financiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
Por questões relacionadas com os fundos comunitários, a candidatura foi apresentada pela Federação de Bombeiros de Portalegre, num processo que envolveu ainda as federações de Évora e Santarém, mas que, um ano depois, ainda está por completar.
Fonte conhecedora do processo avançou à Rede Regional que a empresa vendedora foi a Auto Sueco Portugal, representante da marca Volvo, mas como o pagamento não terá sido feito na totalidade, a empresa também ainda não terá entregue toda a documentação das viaturas.
O problema da inspeção surge porque as viaturas especiais, como é o caso das VUCI’s, têm de ser inspecionadas anualmente, a partir do primeiro ano, sendo que a data de matrícula das cinco em causa é maio de 2014. Segundo foi possível apurar, pelo menos uma das viaturas devia ser inspecionada até ao final do dia de hoje, 5 de maio.
Contactado pela Rede Regional, o presidente da Federação dos Bombeiros de Portalegre, Francisco Felício Louro, reconheceu o problema mas diz que está a ser resolvido e considera “vergonhoso” que o assunto tenha sido tornado público.
Em tom irritado, o mesmo responsável diz que o problema se prende com a Auto-Sueco, empresa que vendeu as viaturas, adiantando apenas que “são as regras de pagamento dos concursos públicos” que estão a impedir a resolução do problema.
Sem precisar o que está concretamente em causa ou avançar com uma data para a resolução do problema, Francisco Louro, que é também comandante dos Bombeiros do Gavião, garantiu que há corporações do distrito de Santarém que ainda não pagaram a sua parte, mas, questionado pelo nosso jornal, recusou-se a dizer quais.
Os Veículos Urbanos de Combate a Incêndios adquiridos ao abrigo deste concurso tiveram um custo unitário de 230 mil euros, 85% dos quais (cerca de 195 mil euros) pagos por fundos comunitários. Os restantes 15% (cerca de 35 mil euros) foram pagos pelos corpos de bombeiros ou respetivas autarquias.
Fonte: Rede Regional