"Não me considero um herói, apenas fiquei com o sentimento de dever cumprido", comentou ao CM o tripulante da estação salva-vidas da Nazaré, Filipe Carepa, que no passado dia 17 resgatou do mar uma mulher, de 38 anos, que tinha sido arrastada por uma onda. Filipe Carepa recordou o momento do salvamento que, na sua opinião, ainda teve alguma dificuldade.
"Foi um bocado complicado, porque a onda era muito alta e vinham vagas muito seguidas. Abandonei a moto de salvamento marítimo e fui resgatá-la a nado porque não conseguiria pô-la em cima da moto por estar inconsciente e devido à forte rebentação", relata.
"Tentei tirá-la da zona de perigo para fora da rebentação. Mantive-me lá um bocado, à espera que passasse esse período da vaga, sempre com a indicação de populares na praia se vinha mais rebentação ou não. Na altura que achei ser a indicada, vim a nadar para terra com a vítima", conta, frisando que, ao chegar à zona de costa, foi auxiliado por um elemento da associação de nadadores-salvadores da Nazaré:
"Ajudou-me com um cinturão de salvamento e com o apoio da Polícia Marítima." "Só em terra a vítima começou a falar. Estava em choque mas agradecida", contou. Há oito anos que trabalha na estação salva-vidas e já não contabiliza quantos salvamentos fez.
"É o nosso dia a dia", apontou. Lourenço Gorricha, comandante da Capitania da Nazaré contou ao CM ter ficado "bastante satisfeito pela resposta que foi dada num salvamento em circunstâncias muito difíceis". Considera que o tripulante "manifestou bastante coragem, o que vai ser publicamente reconhecido pela Autoridade Marítima Nacional", com a atribuição de um louvor.
Fonte: Correio da Manha