Líder Nacional de Veículos para Incêndio Lança Inovação Mundial com Nome "Lusitano" - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 28 de abril de 2015

Líder Nacional de Veículos para Incêndio Lança Inovação Mundial com Nome "Lusitano"


A empresa que lidera o fabrico nacional de veículos de combate a incêndio e que exporta quase 61% dessa produção vai apresentar em maio um protótipo com que espera revolucionar o mercado mundial de viaturas de socorro para aeroportos.
Concebido pela empresa Jacinto, cuja fábrica ocupa 18.000 quadrados em Esmoriz, no concelho de Ovar, o novo carro para bombeiros chama-se "Lusitano", mede 10 metros de comprimento e tem capacidade para 7.000 litros de água, 850 quilos de espuma e 250 de pó químico.

"Só existem sete ou oito empresas no mundo a construir estes carros e eles têm sempre três metros de largura, pelo que só podem circular em aeroportos", declara à Lusa o diretor-geral da empresa, Jacinto Oliveira (Filho). "A inovação do nosso protótipo é que só tem dois metros e meio de frente, o que significa que também vai poder ser utilizado nas rodovias civis", adianta.

Embora o preço final de cada Lusitano esteja estimado em cerca de 600.000 euros, a sua versatilidade representará assim "uma poupança expressiva" para diferentes entidades da Proteção Civil, já que o mesmo carro que é usado em aeroportos e aeródromos passará também a poder combater incêndios urbanos, industriais ou florestais.

Jacinto Oliveira explica que a conceção da viatura partiu de um chassis `standard`, cuja cabina de tripulação foi depois adaptada e ajustada à chamada superestrutura, que, sendo a porção restante do veículo, pode ser apetrechada consoante as necessidades do comprador.

Exibindo-se em preto para a fase de lançamento, mas personalizável consoante as exigências do comprador, o veículo cumpre todas as especificações exigidas pela norma europeia ECR 29 e também os requisitos internacionais do setor impostos pela ICAO - International Civil Aviation Organization e pela NFPA - National Fire Protection Association.

"Estes carros têm muitas restrições quanto à amplitude de visibilidade da cabina, aos ângulos de ataque, aos ângulos de entrada e saída dos operacionais, etc.", observa o diretor-geral da Jacinto. "Por isso é que esta era a única gama que não fabricávamos na empresa até agora", acrescenta o empresário, que é bombeiro desde 1999.

Pronto para a fase de testes em maio e para início de comercialização em junho, o Lusitano conferirá assim à Jacinto "vantagens enormes em relação à concorrência".

As expectativas de procura mais imediatas concentram-se em África, onde "os carros de combate a incêndios em aeroportos já são usados noutros fogos, circulando nas vias normais".

Fonte: RTP