O Dispositivo de Combate aos Fogos Florestais do Distrito de Setúbal para este ano vai ser reforçado com mais um helicóptero, Kamov, que vai ficar colocado na Base Aérea n.º 6 (BA6) do Montijo. A revelação foi feita durante a apresentação do Plano de Operações Distrital, DECIF 2015, onde foram dados a conhecer os meios operacionais do dispositivo de combate aos referidos incêndios.
A apresentação juntou dezenas de operacionais da Proteção Civil, bombeiros e autarcas do distrito. Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, abriu a cerimónia, que teve na mesa de honra José Manuel Moura, Comandante Operacional Nacional da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, Comandante Distrital de Operações de Socorro de Setúbal e de Elísio de Oliveira, Comandante Operacional do Agrupamento Distrital do Sul.
Coube a Patrícia Gaspar apresentar o DECIF 2015, com a responsável a começar por sublinhar que a ameaça dos fogos florestais “só pode ser combatida se ação individual for transformada em força coletiva”. Uma das principais novidades do plano operacional para 2015 vai ser o facto de a região passar a contar com dois helicópteros preparados para o combate a sinistros, um em Grândola e um outro, Kamov, que chegou a estar previsto ser localizado em Montijo em 2014 e que só este ano vai estar localizado na BA6.
Outras das novidades para este ano vão ser um reforço das equipas de combate no distrito durante os meses mais críticos deste verão, um novo veículo de comando e comunicações para a região e mais uma brigada de operacionais no sul do distrito, além da criação de um manual de bolso com o Sistema de Gestão de Operações disponível para todos os agentes envolvidos no combate aos sinistros.
Já o Comandante Operacional Nacional da Protecção Civil, José Manuel Moura, lembrou que “o problema dos incêndios florestais não é o combate”. A grande preocupação tem a ver com o número de ignições registadas todos os anos. Um número “muito elevado para a dimensão do território nacional”, apontou o responsável.
Em 2014, o distrito de Setúbal registou a quinta menor área ardida no país, com pouco mais de 500 hectares devorados pelas chamas. Entre janeiro e abril deste ano já se registaram 54 ocorrências, mais 30 do que em relação ao mesmo período do ano passado.
Fonte: Setúbal na Rede